domingo, 24 de junho de 2012

O país em crise comemora a vitória do seu filho



Belo pódio do Grande Prêmio da Europa, disputado no circuito de rua de Valência. Dez títulos mundiais de Fórmula 1 fazendo guerra de champagne. Os saudosistas das décadas de 80, 90 estão satisfeitos? Ou vão continuar reclamando que os tempos cascudos eram os que tinham Prost, Senna, Piquet, Mansell no grid? Bom, mas não vou me alongar nesse tema. Pois quero falar de Alonso.

Primeiro, não é Fernando Alonso de las Astúrias. O cara é Fernando Alonso, El Fodón de las Astúrias! Sair em décimo primeiro lugar e chegar em primeiro na Fórmula 1 atual e num circuito como o de Valência em que as ultrapassagens são difíceis não é para qualquer. E para El Fodón é mais emocionante ainda, pois o espanhol estava correndo em casa.


Foi uma vitória completamente inesperada. Nem o próprio Alonso apostava. Ontem, após o final do Treino Oficial que definiu o grid de largada, o bicampeão mundial tuitou que a corrida de hoje seria de recuperação e que ele esperava que as coisas dessem certo e beliscasse alguns pontos.


Apesar da dificuldade de largar numa décima primeira posição, El Fodón partiu para cima dos adversários e foi ultrapassando um a um. Até que chegou na segunda posição, atrás de Sebastian Vettel que tinha muitos segundos de vantagem, o que praticamente matava a corrida. Mas a sorte ajuda quem trabalha muito e como Alonso trabalhou muito nessa corrida, a primeira posição caiu no colo do espanhol. Vettel teve problemas no carro e abandonou a prova. E Alonso administrou a vantagem até a bandeirada quadriculada.

Aliás, saudosistas pensando bem, vocês podiam se emocionar. Afinal de contas, é uma manhã de domingo e o país do vencedor passa por sérias dificuldades econômicas, cujo índice de desemprego está alto. E o povo pôde esquecer um pouco o buraco na conta bancária ou deixar um pouco de lado o caderno de classificados do jornal. Algumas décadas atrás, este país seria o Brasil e o piloto atendia pelo nome de Ayrton Senna. Mas o país de hoje é a Espanha, e o piloto atende pelo nome de Fernando Alonso, El Fodón de las Astúrias.

Kaká pode voltar ao Milan


O jornal AS publicou que o pai de Kaká está em Milão negociando o retorno do filho para o Milan. Desde a derrota do Real Madrid para o Bayern de Munique que resultou na eliminação do time espanhol na Liga dos Campeões, todos os jornais espanhóis davam como certa a saída de Kaká.

O jornal espanhol dá sinais de que pilares concretos estão sendo construídos para a transferência acontecer. O craque brasileiro que estar jogando num grande clube para ter chances de ser convocado para a Copa do Mundo de 2014. Coisa que o Milan é. Além disso, Kaká e sua família conhecem Milão com a palma da mão. E para completar, o Milan é praticamente sua casa.

Pelo lado do clube italiano, o vice presidente Adriano Galliani negou, durante a semana, o retorno de Kaká para o clube. Segundo o cartola, ainda faltam 3 anos para terminar o contrato do brasileiro com o clube espanhol, o que dificulta bastante, pois o Real Madrid não vai liberá-lo a custo zero. Inclusive, foi essa orientação que os merengues deram ao pai de Kaká, de não negociá-lo sem uma compensação financeira. Além disso, Galliani colocou outra pedra no caminho, o alto salário que o craque brasileiro recebe.  
Sonhei que o craque não tivesse boas propostas dos grandes europeus e voltasse para o São Paulo para formar o trio com Lucas e Luís Fabiano.

Primeiro foi o PSG, do diretor de futebol, Leonardo que andou sondando Kaká. Agora, o retorno ao Milan é algo bastante possível de acontecer.

domingo, 10 de junho de 2012

Luís Fabiano, o matador com cartões amarelos


Não lembro quem foi que disse ou escreveu, mas algum cronista esportivo disse que Luís Fabiano era aquele aluno que bagunçava na aula e dizia sempre que na verdade era a professora que pegava no pé dele. Nessa época Luís era jogador do São Paulo, ainda novo com seus 20 e poucos anos, antes de ir para a Europa onde teria ótimas passagens pelo Porto (POR) e Sevilla (ESP), vivia tomando cartão por reclamação com a arbitragem.

Hoje, de volta ao São Paulo, atacante veterano, líder do grupo junto com Rogério Ceni, experiente, com uma Copa do Mundo disputada, Luís continua cometendo o mesmo erro. No Campeonato Paulista desse ano, ele ficou fora da semifinal contra o Santos por ter recebido o terceiro amarelo contra a Ponte Preta na fase anterior. E pro jogo de hoje contra o Santos, válido pela quarta rodada do Brasileirão, o atacante são-paulino está suspenso.



O técnico do São Paulo, Emerson Leão, criticou a conduta do seu atacante após o jogo contra o Inter, em que Luís Fabiano levou o terceiro amarelo. “Eu gostaria que vocês contassem quantas vezes eu peço aos atletas que esqueçam o árbitro. Peço para não levar amarelo sem necessidade. Necessidade é uma falta para parar contra-ataque. Por reclamação, é erro nosso. Está na hora de tomarmos uma decisão, e séria. Para isso, já conversamos”. E completou, “Infelizmente foram três reclamações e já estávamos conversado sobre isso. Quando melhorar, ele só vai subir de rendimento. Não podemos tapar o sol com a peneira”.

Na fase classificatória do campeonato Estadual, o São Paulo bateu o Santos por 3 a 2, sendo que o terceiro gol foi marcado pelo camisa 9 do tricolor paulista. Na semifinal da competição, Luís não jogou e o São Paulo foi eliminado pelo Santos.

Na partida de hoje, os dois times entram em campo para o clássico sem suas grandes estrelas. O Santos não terá Neymar e o goleiro Rafael por estarem servindo a seleção e PH Ganso que está machucado. Já o São Paulo não conta com Lucas e Casemiro que também estão no grupo selecionado por Mano Menezes. E Luís Fabiano que poderia ser decisivo para o jogo está suspenso por ter levado três cartões amarelos em três jogos do Campeonato Brasileiro.

Os gols do matador estão saindo como nas primeiras passagens pelo clube (já foram duas passagens), mas os cartões amarelos também estão saindo na mesma proporção desde que era um jovem atacante com grande potencial. E o aluno, do início do texto, continua jogando a culpa na professora, “Levo cartão sempre que falo com o juiz”.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Uma aposentadoria precoce



No ano de 2008, quando deixou o Barcelona, Ronaldinho Gaúcho já dava indícios de cansaço com o futebol. De lá pra cá, o craque se comportou como um ex-jogador em atividade. Com uma passagem sem grande brilho pelo Milan, voltou ao Brasil, mas não para o gramado e sim para as noitadas. Ao invés de voltar para algum time de futebol, Ronaldinho poderia ter pensado em umas férias de popstar em fim de turnê. E depois pensar num novo retorno ao futebol com as baterias carregadas.

Quando deixou a Itália, o craque foi disputado a leilão por Grêmio, Palmeiras e Flamengo. Vitória do rubro-negro que ofereceu mundos e fundos, contando com o que iria ganhar com o marketing em cima do craque e não com o que tinha no saldo bancário. Um acerto com a Traffic avalizou o negócio, que afundou quase um ano depois, por falta de rentabilidade. Esse fracasso também é creditado pelas apagadas atuações do craque dentro de campo. Ronaldinho não rendeu o esperado. E a bola de neve foi crescendo.

Noitadas motivadas pelas regalias que o clube concedia justificam o fraco rendimento. Qualquer atleta que busque o alto rendimento deve cuidar muitíssimo bem do corpo, porque senão a engrenagem falha. E não é preciso apenas ser atleta profissional. Os amadores sentem isso também. Uma noite perdida e amanhã seguinte será de sacrifício.

O casamento com Flamengo terminou foi parar nos tribunais de justiça. E a baixaria começou. Vídeos com imagens da má conduta do craque foram parar nos jornais. O craque pede R$ 40 milhões e o Flamengo também quer ser ressarcido. Alheio a isso e querendo demonstrar força para a torcida, o Atlético-MG viu em Ronaldinho a contratação perfeita. E assinou um contrato de apenas 6 meses, com um salário mais modesto do que o do Flamengo, R$ 300 mil.

Ronaldinho construiu uma história bonita no futebol. A passagem pelo Barcelona foi irretocável e até hoje o clube catalão reverencia o Ronnie, como eles carinhosamente apelidaram o craque brasileiro. Ao invés de queimar sua imagem, Ronaldinho poderia ter pensado em tirar umas férias de 1 ou 2 anos do futebol. Recentemente, grandes esportistas fizeram isso. O piloto de automobilismo, Kimi Raikkonen, conquistou o título mundial de Fórmula 1 em 2007. Enjoado do circo, o finlandês cumpriu o seu contrato com a Ferrari e deixou a Fórmula 1 para se divertir correndo de Rali. Nesta temporada, voltou para o circo correndo pela Lotus, disputando as primeiras posições. Na motovelocidade, o australiano Stoner, bicampeão da categoria, inclusive atual campeão, está disputando novamente o título nesta temporada. No entanto já anunciou a aposentadoria precoce para o final do ano, aos 26 anos. Outra que também parou precocemente foi a tenista belga Justine Henin, deixou a WTA no topo dos rankings, pois se cansou de viver em função do esporte e preferiu curti-la como uma pessoa normal.

Ronaldinho poderia ter parado em alta. Talvez a volta para o Brasil poderia ter sido direto para as noitadas, sem ter assinado contrato com nenhum clube. Muitos fãs ficariam mais orgulhosos com o ídolo. E não causaria revolta numa nação inteira, a rubro-negra. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Na Libertadores é guerra

A Copa Libertadores da América e a Liga dos Campeões da Europa tem uma coisa em comum. São os torneios mais importantes dos seus continentes. Mas as semelhanças param por aí. Enquanto que um é cercado por glamour, no caso do europeu, o outro é disputado numa verdadeira guerra pelos sul-americanos.
Nesta quarta-feira, 25, a Liga dos Campeões conheceu o seu segundo finalista do torneio. Num jogo eletrizante, o Bayern de Munique eliminou o Real Madrid. O jogo foi cheio de pompas como se é de costume, como por exemplo, o hino próprio do torneio é tocado sempre antes do início das partidas, com os dois times e o trio de arbitragem perfilados, faltando apenas a mão no peito esquerdo. O gramado é um tapete, o estádio muitíssimo bem iluminado, e um esquema de segurança no estádio comparado a aparições públicas do Papa ou dos presidentes de importantes nações.
Os jogos da Libertadores, tem apenas os hinos dos países dos dois times, mas isso é o de menos. Já a iluminação e o gramado da maioria dos estádios que recebem os jogos não estão a altura dos jogos do maior torneio do continente. Além disso, os jogadores dos times visitantes são tratados a pedradas e objetos jogados pela torcida local.
No jogo entre Bolívar e Santos, disputado na noite de ontem, os jogadores e a comissão técnica do Santos, ao voltar para o gramado após o intervalo, tiveram que correr para o campo e para o banco de reservas, pois a torcida estava atirando pedras na saída do vestiário. E para completar, a polícia, que fazia a segurança no estádio, teve que proteger os jogadores brasileiros, com escudos, nas cobranças de escanteio. Numa dessas cobranças, o atacante Neymar, do Santos, foi atingindo no rosto por um objeto jogado pela torcida.


A atitude da torcida boliviana irritou Neymar, que na saída do campo declarou: “Vai ter a partida de volta na Vila também. Lá em Santos eles vão ver”. Durante essa entrevista, o repórter da Globo, Abel Neto, relatou que foi atingido por uma garrafa: “Estava entrevistando o Neymar, que havia acabado de dar a primeira resposta. Quando fiz a segunda pergunta, ele continuou andando e fui atrás dele. Perto da descida da escada para o vestiário, fui atingido pela garrafa, mas com certeza era para acertar o Neymar.”
Este episódio ocorrido na Bolívia, passará impune, pois a Conenbol, organizadora do torneio, fecha os olhos para este tipo de coisa. E isso não é exclusividade dos bolivianos. Nos outros países da América do Sul e até no México (país convidado para participar do torneio, mas sem o direito de classificação para o Mundial de Clubes em caso de conquista) essa cena é comum.
Já na Liga dos Campeões, isso não ocorre e caso ocorra, a UEFA sempre toma as providências necessário para que não volte a ocorrer.

Bayern conquista a vaga na final nos pênaltis


Como o futebol é imprevisível! Na terça-feira, 24, o Chelsea surpreendeu o mundo e eliminou o todo poderoso Barcelona, em pleno Camp Nou, na Espanha. Ontem, quarta-feira, 25, foi a vez do Bayern de Munique eliminar o também todo poderoso Real Madrid, em plena Espanha, no estádio Santiago Bernabéu.
O primeiro tempo da partida foi eletrizante e o placar de 2 a 1 para o Real Madrid, foi construído logo aos 27 minutos de jogo. Cristiano Ronaldo abriu o placar de pênalti aos 6 minutos, e também foi o autor do segundo gol aos 14 minutos, recebendo ótimo passe de Ozil. Enquanto que Robben marcou, de pênalti, o tento do Bayern aos 27 minutos.
No segundo tempo a velocidade do jogo continuou alta, mas a cautela imperou nos dois times, já que um gol sofrido significaria a eliminação. No entanto, o Bayern dominou o jogo, apesar das descidas perigosas do Real Madrid nos contra-ataques.
Na prorrogação faltaram pernas para os jogadores dos dois times, que tiveram que colocar o coração na chuteira para tentar o gol, mas o confronto foi mesmo decidido nos pênaltis.
Nas cobranças de penalidades, os goleiros se consagraram. Primeiro foi Neuer, goleiro do Bayern, que abriu a decisão pegando logo de cara as duas primeiras cobranças de Ronaldo e Kaká, do Real Madrid. Enquanto que seus companheiros Alaba e Mário Gomez marcaram seus gols. Na sequência, foi a vez de Casillas, ídolo maior do Real, pegar dois pênaltis seguidos, nas cobranças de Toni Kross e Lahm. A reação do Real foi esboçada com Xabi Alonso que converteu sua cobrança, diminuindo a diferença para 2 a 1. Mas ela parou por aí, porque Sérgio Ramos tratou de isolar a bola na sua cobrança. E o alemão Scweinsteiger encerrou a cobrança ao fazer o 3 gol de pênalti. No final, 3 a 1 para o Bayern, que fará a final da Liga dos Campeões contra o Chelsea em seu estádio, na Alemanha.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Vitória épica de heróis


Assim como na partida de ida, o Chelsea entrou em campo para se defender. A diferença era que dessa vez a partida era no Camp Nou, fora de casa. Mas o trunfo dos ingleses foi o 1 a 0 em Stamford Bridge.
Jogando pelo empate, o Chelsea entrou em campo fechado. Enquanto que o dono da casa, o Barcelona, estava mordido pela derrota no primeiro jogo e atordoado pela perda do título espanhol no sábado, frente ao grande rival Real Madrid.
Um golzinho do Chelsea no Camp Nou significava que o Barça teria que fazer 3 para se classificar.
Tão logo o juiz deu início a partida e o Barcelona partiu para o ataque, com Messi chutando na rede do lado de fora. Enquanto que o Chelsea estava todo atrás, com o seu enorme ônibus estacionado.
E para dar mais emoção aos dois treinadores, um zagueiro de cada lado sai do jogo por contusão. Primeiro foi Cahill que escorregou e esticou demais a perna. Bosingwa entrou no seu lugar. E depois Pique que ficou grogue, depois de trombar com o goleiro Valdés. E Daniel Alves entrou no lugar do zagueiro espanhol.
O primeiro herói da partida se revela. Messi recebe a bola e chuta na marca do pênalti. Gol? Não! Peter Cech salva o Chelsea fazendo uma importantíssima defesa.
Aos 35 minutos do primeiro tempo, Daniel Alves pegou a sobra de um escanteio, tocou para Fábregas, que rolou para o meio da área. Busquets, com o gol aberto, apenas empurrou para as redes. Barcelona 1 a 0.
No minuto seguinte, Terry recebe o cartão vermelho por uma agressão em Alexis Sanchéz, na malandragem. O Chelsea tem agora duas desvantagens, no placar e no número de jogadores.
Aos 43 o Barcelona construía seu placar da classificação. Messi passa para Iniesta que toca na saída de Cech ampliando o marcador.
Mas antes do juiz apitar o final do primeiro tempo, outro herói se revela. Ramires faz um gol importantíssimo e de quebra um golaço, ao encobrir Valdés para retomar a classificação para o time londrino.
O segundo tempo começa e Drogba derruba Fábregas dentro da área, logo aos 3 minutos. O melhor jogador do mundo, Lionel Messi, cobra o pênalti no travessão. E o Chelsea seguia sua cruzada com a classificação na mão. 2 a 2 no agregado.
Além de ter 10 jogadores dentro da grande área, o Chelsea ainda tem o seu goleiro Peter Cech em noite inspirada.
O Barcelona procura espaço a todo custo. Gira, gira e gira mais um pouco na frente da área, mas não encontra espaço para penetrar na pequena área do Chelsea.
O relógio dispara para os catalães, enquanto que se arrasta para os ingleses.
Até que Di Matteo resolve colocar Fernando Torres no lugar de Drogba, que sai cansado.
O Barcelona procura espaço onde não tem. Levanta a bola na área do Chelsea sem sucesso. E numa bola rifada por Bosingwa, já nos descontos do juiz, Fernando Torres pega a bola e só vê apenas Valdés em sua frente. Com calma, um dos atacantes mais caros do mundo, que poucos gols no seu novo clube, passa por Valdés e crava uma estaca no coração do Barcelona. E bota o Chelsea na final da Liga dos Campeões em Munique.
O time de heróis do Chelsea consegue um resultado épico ao eliminar o todo poderoso Barcelona.

Que não perca o encanto


O carrossel holandês de 74, comandado por Cruyff perdeu a Copa.

O timaço do Brasil de 82 com Zico e companhia também perdeu uma Copa.

E quarto anos depois perdeu outra.

São times que não foram esquecidos pela história. Muito pelo contrário. São grandes equipes que foram eternizadas pelo que fizeram dentro de campo e não pelas taças que levantaram.

Essa semana, o Barcelona também não entrou para a história pelos troféus levantados. Perdeu o campeonato espanhol no sábado, 21, ao ser derrotado no seu estádio Camp Nou. E agora a pouco, acabou de ser eliminado da Liga dos Campeões. Ao empatar com o Chelsea por 2 a 2, de novo dentro do seu estádio.

O encanto do futebol é justamente esse. O melhor pode não ser o vencer, pode não levantar a taça, pode não ser campeão. Mas o futebol sabe quem é o melhor, que joga mais bonito e mesmo assim permite que entre na história.

E este Barcelona, que tem a Holanda de 74 no DNA e resgatou a lembrança daquela seleção brasileira de 82, já está na história. Jogou muito a temporada inteira. Atropelou os melhores adversários do mundo. Mas é feito de 11 homens e não de máquinas. E uma hora o homem cansa, falha e perde.

Mas que os ignorantes não pensem que o crime compensa. Este Barcelona que não conquistou nenhum título, será lembrado do mesmo jeito que não esquecemos da Holanda de 74 e do Brasil de 82.

Que o Barcelona não se desespere e mantenha sua bela filosofia e continue jogando sempre para encantar.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Barcelona bate o Milan e se classifica para a semifinal

Os gols que faltaram no primeiro jogo, saíram no segundo. Com o domínio no meio de campo, o Barcelona venceu o Milan por 3 a 1 e se classificou para a semifinal da Liga dos Campeões, nesta terça, 3.

O placar foi construído por Messi que fez 2 gols de pênalti e por Iniesta, enquanto que Nocerino descontou para os italianos.

O Milan entrou no Camp Nou do mesmo jeito que jogou no Sansiro. Forte na defesa e tentando sair rápido nos contra-ataques. Porém Pep Guardiola fez um ajuste no seu time. Jogando em casa, Keita deu lugar a Fábregas no time do Barcelona e Cuenca entrou no lugar de Alexis Sanchez. Com um atacante a mais na frente, o treinador mudou novamente. Para não bater no paredão italiano como no primeiro jogo, o ataque espanhol recuou um pouco e deixou os zagueiros do Milan órfãos de marcadores e o meio campo congestionado. Com o domínio no meio campo, o Barcelona se impôs e conseguiu fazer seus gols para se classificar.

Agora, o Barcelona espera a definição do confronto entre Chelsea e Benfica, para conhecer o seu adversário na semifinal. Já o Milan volta para casa e se concentra exclusivamente na reta final do campeonato italiano.


O jogo

Jogando em casa e precisando fazer gols, Pep Guardiola sacou Keita do time e pôs Cesc Fábregas. Além disso, Alexis Sanches deu lugar ao garoto Cuenca, mais uma cria de La Masía. Com três atacantes, o Barcelona saiu para o jogo. E para quebrar o paredão italiano do primeiro jogo, Guardiola recuou um pouco seus atacantes deixando os zagueiros rossoneros ao vento.

Com o meio campo congestionado, o Barcelona dominou o jogo e impôs o seu costumaz toque de bola exaustivo.

Logo aos 4 minutos de jogo, Messi mostrou o cartão de visitas do Camp Nou ao desferir um forte chute que fez Abbiati defender em dois tempos. E aos 6 minutos, Fábregas deu um presentaço para o argentino. Mas, apesar de ser monstro, Messi é humano e tem seus defeitos. O passe de Fábregas caiu no pé direito e o último toque do melhor do mundo foi pra fora.

Crônicas de uma morte anunciada? Sim. E aos 9 minutos o Barcelona abriu o placar com Messi batendo pênalti, que ele mesmo sofreu ao puxar um contra-ataque.

Mesmo com o gol o Milan não se abateu e manteve seu jogo, que começou no Sansiro. Forte na defesa e tentando sair rápido para o ataque. Até que aos 32, Ibrahimovic dá um belíssimo passe rasteiro para Nocerino, que bate na saída de Valdés para empatar a partida.

O gol mexeu um pouco com o Barcelona, mas logo se acalmou. Num empurra-empurra na cobrança de escanteio, Nesta segura Busquets pela camisa e o juiz marca o pênalti. E de novo, de pênalti, Messi muda o canto e vira a partida.

Na volta do segundo tempo, o Milan precisava do gol e achou que o caminho era pelo pênalti. Tão logo o juiz apitou o reinício de jogo e ao entrar na área catalã, Ibrahimovic se jogou tentando cavar o pênalti. Como o juiz não deu, Robinho, no mesmo lance, também se jogou.

Aos 8 minutos, Iniesta pegou o rebote de um chute de Messi e com calma, na cara de Abbiati, escolheu o canto para fazer 3 a 1.

Com 2 gols de vantagem, o Barcelona foi tocando a bola com tranqüilidade e tentando fazer o quarto. Enquanto que o Milan, que precisava de 2 gols, passou a correr para o ataque. Cansados, Seedorf e Xavi pedem para sair. Aos 15 minutos, Seedorf dá lugar a Aquilani, enquanto que Xavi deixa o campo aos 17 para entrada de Thiago Alcântara.

O jogo segue na mesma toada, com o Barcelona levando mais perigo ao gol de Abbiati e o Milan descendo desesperado para o ataque.

Pato entra no lugar de Boateng, numa tentativa de Allegri de chegar ao gol. Enquanto que Guardiola só trocava as peças que pediam para sair, como foi o caso de Pique que sentiu uma lesão e foi substituído por Adriano.

Para fechar de vez a defesa, Guardiola ainda tirou Fábregas para a entrada de Keita.

Aos 37, uma má notícia para Mano Menezes. Pato é sacado do time para entrada de Maxi López. Isso indica que a temporada nos Estados Unidos ainda não solucionou o problema de contusões do brasileiro, o que é uma pena.

O tempo foi passando, mas o Milan mantinha-se bravo buscando o gol, mesmo com a enorme diferença no placar. Enquanto que o Barcelona ia tocando a bola até chegar no ataque e tentar o quarto gol.

No finalzinho, os goleiros ainda tiveram que trabalhar. Primeiro foi Abbiati, que mergulhou para interceptar um cruzamento de Daniel Alves que vinha na medida para a chegada de Messi. Depois, Valdés teve que sair do gol para interceptar um lançamento.

Até que o juiz apitou o final do jogo e o Barcelona festejou a difícil classificação.


Ficha Técnica

Barcelona 3 x 1 Milan – Quartas de final da Liga dos Campeões

2011/2012

Local: Estádio Camp Nou, Barcelona, Espanha

Árbitro: Bjorn Kuipers

Assistentes: Sander van Roekel e Erwin Zeinstra.

Cartões amarelos: Mascherano e Cuenca (Barcelona), Antonini, Nesta, Mexés e Seedorf (Milan)

Gols: Messi aos 9 minutos e aos 41 minutos do 1º (Barcelona), Iniesta aos 8 do 2º (Barcelona); Nocerino aos 32 do 1º (Milan)

Barcelona: Valdés; Daniel Alves, Piqué (Adriano), Mascherano e Puyol; Busquets, Xavi (Thiago Alcântara) e Iniesta; Fábregas (Keita), Cuenca e Messi. Técnico: Pep Guardiola.

Milan: Abbiati; Abate, Mexés, Nesta e Antonini; Ambrosini, Nocerino, Seedorf (Aquilani) e Boateng (Pato) (Maxi López); Robinho e Ibrahimovic. Técnico: Massimiliano Allegri.

“Més que un jogo”

Depois de um 0 a 0 no estádio Sansiro em Milão, jogo em que o Milan foi perfeito defensivamente e o Barcelona não esteve em um dia daqueles, chegou a hora de decidir. Hoje um dos dois times sairá com a classificação para a semifinal na Liga dos Campeões.

O Barcelona vem mordido, depois que a imprensa mundial exaltou o jogo do Milan. Enquanto que o Milan chega ao Camp Nou como quem não tem nada a perder. E com a vantagem de que se fizer 1 gol, obriga aos donos da casa de marcarem 2.

O Milan vem do mesmo jeito do primeiro jogo, forte na defesa e rápido nos contra-ataques. Já o Barcelona terá que jogar tudo que não conseguiu jogar na Itália para não repetir o que aconteceu em 2010, quando o rival dos rossoneros, Inter de Milão eliminou os catalães na Espanha.

Mas há uma diferença, aquele Barcelona ainda era um rascunho ou o estado bruto do Barcelona de hoje, já bastante lapidado e treinado por Pep Guardiola, que mexeu no posicionamento de Messi e descobriu um jogador ilimitado e artilheiro.

É um jogo que promete. Um clássico do futebol, com duas camisas pesadas e tradicionais. Um espetáculo. Uma ópera no palco chamado Camp Nou.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Cautelosos, Milan e Barcelona ficam no 0 a 0

Milan e Barcelona empataram por 0 a 0, nesta quarta, 28, no estádio Sansiro pelo primeiro jogo das quartas de finais da Liga dos Campeões 2011/2012. O gramado ruim e as defesas bem postadas e atentas definiram o empate.

O Barcelona entrou em campo, respeitando o Milan, com Busquets e Keita de volantes, protegendo a defesa. Enquanto que o Milan jogou com muita cautela na zaga e tentando ligações rápidas da defesa com o ataque. Os dois times não cochilaram na defesa não deram muito espaço para os atacantes trabalharem. Apesar de tocar bastante a bola, os espanhóis não conseguiram entrar muito na grande área da defesa italiana e o goleiro Abbiati não teve muito trabalho durante o jogo.

Na próxima terça, 3, Barcelona e Milan voltam a se enfrentar no jogo de volta das quartas de finais, para decidir a vaga na semifinal. E o palco será o estádio Camp Nou, casa do Barcelona. Emoções e ótimo futebol é que não vão faltar!

Sem emoções na etapa inicial

O primeiro tempo do jogo, não teve grandes emoções. Apesar dos catalães reclamarem de um pênalti do goleiro Abbiati em Alexis Sanchez. Numa cobrança de falta ensaiada, o chileno saiu na cara do goleiro, que saiu para bloquear o chute. No lance, Sanchez perdeu o controle da bola, caiu pedindo pênalti, mas o juiz deu tiro de meta para o Milan e mandou seguir o jogo.

No mais, o que se viu foi o Barcelona trocando passes no meio de campo, na intermediária do campo do Milan e também na entrada da grande área da defesa italiana. Já o Milan, tentava a ligação rápida da defesa com o ataque. O atacante Ibrahimovic teve poucas chances, enquanto que Seedorf chutou mais pelo time italiano.

Mais do mesmo

O segundo tempo foi igual ao primeiro. As duas equipes fizeram o mesmo jogo do primeiro.

Enquanto que o Barcelona continuou trocando mais e mais passes, mas sem conseguir levar perigo ao gol de Abbiati. O Milan continuou tentando a ligação rápida da defesa com o ataque, porém na etapa final, os lançamentos passaram a ser freqüentes na equipe italiana e como a zaga do Barcelona esteve sempre atenta, Ibrahimovic foi pego em impedimento em diversas vezes.

O jogo também ficou um pouco pegado na etapa final, mas o árbitro não teve problemas até o apito final.

Ficha Técnica

Milan 0 x 0 Barcelona – Quartas de final da Liga dos Campeões

2011/2012

Local: Estádio Sansiro, Milão, Itália

Data: 28/03/2012

Árbitro: Jonas Eriksson

Assistentes: Stefan Wittberg e Mathias Klasenius.

Cartões amarelos: Seedorf, Nesta e Ambrosini (Milan); Keita (Barcelona).

Milan: Abbiati; Bonera, Mexes, Nesta (Mesbah) e Antonini; Ambrosini, Nocerino, Boateng (Emanuelson) e Seedorf; Robinho (El Sharaawy) e Ibrahimovic. Técnico: Massimiliano Allegri.

Barcelona: Valdés; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Puyol; Busquets, Keita, Xavi e Iniesta (Tello); Alexis Sanhez (Pedro) e Messi. Técnico: Pep Guardiola.

Hoje é o espetáculo do Sansiro

O jogo de hoje não poderia ser outro, pois é o choque entre duas das maiores equipes do mundo, Milan e Barcelona. Como fiz ontem, tiwttarei o lance a lance no @aragaoleandro e depois que o juiz apitar o final, postarei a matéria do jogo.

O encontro de Milan e Barcelona é um presente para quem gosta de futebol. O jogo é válido pelas quartas de finais da Liga dos Campeões, mas os times teriam ou um deles pode ter, totais condições de chegarem a final.

O Barcelona tem dois desfalques no time. Os laterais Abidal e Adriano. Mas o melhor jogador do mundo, Lionel Messi está confirmadíssimo para o clássico. Pelo lado Milan, os rossoneros não terão a presença do xerifão da zaga Thiago Silva, que se machucou no clássico contra a Roma, que aconteceu no sábado, 24. Mas o artilheiro e dono do time, Zlatan Ibrahimovic.

O palco do jogo será o estádio Sansiro em Milão, Itália. E está marcado para começar às 15:45.

Vou pegar um café e volto já. Mas na volta, já vou pro twitter.


Prováveis escalações

Milan: Abbiati; Bonera, Mexes, Nesta e Antonini; Ambrosini, Nocerino, Boateng e Seedorf; Robinho e Ibrahimovic. Técnico: Massimiliano Allegri

Barcelona: Valdés; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Puyol; Busquets, Xavi, Keita e Iniesta; Alexis Sanchez, Messi. Técnico: Pep Guardiola.

terça-feira, 27 de março de 2012

Chelsea bate o Benfica e se aproxima da classificação

O Chelsea deu um enorme passo para a semifinal da Liga dos Campeões 2011/2012. Com um gol de Kalou, o time inglês bateu o Benfica, em pleno Estádio da Luz, e fica muito perto da classificação para a semifinal.

Sem querer tomar gols, os dois times marcaram forte e as oportunidades de gols foram escassas durante a partida. Jogando em casa, o Benfica adiantou sua marcação para não deixar o Chelsea sair pro jogo, e se arriscou mais no ataque. Já o time inglês fechou sua defesa, saindo nos contra-ataques, mas sem muita força. Enquanto que o Benfica dominava o meio de campo, mas sem chegar com perigo ao gol de Peter Cech, arriscou mais com chutes de fora da área. Enquanto que pelo lado inglês, David Luiz foi o destaque da defesa, tirando todas as bolas. Já as escapadas para o ataque ficaram por conta de Fernando Torres, que isolado no ataque, se esforçava para chegar ao gol.

Com a vitória de 1 a 0, o Chelsea vai confortável para o segundo jogo em casa, no Stamford Bridge, precisando apenas do empate para carimbar a vaga na semifinal. Já os portugueses terão que vencer a partida e marcando no mínino 2 gols. Já que o 1 a 0 leva para os pênaltis. O segundo jogo acontece na próxima quarta-feira, dia 4.

Primeiro tempo morno

Os dois times tinham o mesmo objetivo de não tomar gols, então entraram em campo marcando forte. Mas, jogando em casa, o Benfica procurou mais o ataque.

O lance mais perigoso só aconteceu aos 18 minutos. O atacante Cardozo recebeu ótimo passe de Bruno César, ajeitou no peito, mas chutou pra fora. Já as investidas do Chelsea foi sempre com Fernando Torres na base da vontade, mas a defesa portuguesa atenta e bem postada evitou maiores perigos para a meta do goleiro Artur.

E o jogo seguiu com o Benfica chutando muito de fora da área, já que a defesa do Chelsea não dava espaço, até o árbitro apitar o final do primeiro tempo.

Chelsea decide no contra-ataque

No segundo tempo, o Benfica voltou forte e pareceu que iria decidir o jogo. Logo no início, Cardozo chutou forte, mas David Luiz, em cima da linha do gol, salvou o Chelsea. E a pressão não parou por aí, Bruno César lançou Gaitán, que tocou para o meio da área. Cardozo ajeitou de cabeça, mas a bola veio alta e Aimar cabeceou fraco para o gol.

A partir dos 7 minutos, o Chelsea assentou o jogo. Numa descida para o ataque, Torres cruzou, mas Kalou, de frente pro gol, cabeceou mal e a bola foi pra fora.

Assim como no primeiro tempo, o Benfica continuou apertando a saída de bola do Chelsea, que tocava a bola na defesa esperando o espaço para ligar com o ataque.

O jogo continuou morno como no primeiro tempo, mas as falhas começaram a acontecer e o primeiro foi Luisão que furou a bola, aos 14 minutos. Na sobra, Mata passou pelo goleiro, que saiu mal, mas no drible perdeu o ângulo e chutou a bola na trave.

Cinco minutos depois, foi a vez do Chelsea se arrepiar. Wistsel chutou de fora da área, a bola desviou em Terry, deixando Cech vendido no lance, mas para a sorte da torcida, a bola subiu e foi para fora.

Aos 21 minutos, Cech evitou o que seria o primeiro gol do Benfica. Gaitán cruzou e Javi Garcia cabeceou à queima roupa, para grande defesa do goleiro dos Blues.

Como os gols são escassos no Chelsea, Fernando Torres serviu Kalou que abriu o placar. A jogada começou no campo defesa com Ramires que cortou um passe de Gaitán e deixou a bola para Torres. O atacante espanhol correu pela direita até a linha de fundo e fazer o cruzamento. Luisão falhou e Kalou, livre no meio da pequena área, só teve o trabalho de completar para o gol. Chelsea 1 a 0 em pleno Estádio da Luz.

O gol desestabilizou o time do Benfica, que passou a partir desesperadamente para o ataque. Enquanto que o Chelsea, experiente em fases de mata-mata da Liga dos Campeões, manteve a tranqüilidade e saia rápido nos contra-ataques.

Tanto que aos 39 minutos teve a chance de matar o confronto num contra-ataque puxado por Sturridge que tocou para Mata, mas o espanhol desperdiçou e chutou muito alto, longe do gol de Artur.

O Chelsea cozinhou o desesperado Benfica até o apito final do árbitro.


Ficha Técnica

Benfica 0 x 1 Chelsea – Quartas de final da Liga dos Campeões 2011/2012

Local: Estádio da Luz, em Lisboa, Portugal

Árbitro: Paolo Tagliavento (Itália)

Assistentes: Andrea Stefani (Itália) e Luca Maggiani (Itália)

Gols: Kalou aos 30 min/2ºT (Chelsea)

Cartões amarelos: Bruno César, Luisão, Javi Garcia (Benfica) e Raúl Meireles (Chelsea)

Benfica: Artur Moraes; Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Emerson; Javi García (Nolito), Witsel; Gaitán, Aimar (Matic), Bruno César (Rodrigo); Oscar Cardozo. Técnico: Jorge Jesus.

Chelsea: Peter Cech; Paulo Ferreira(Bosingwa), David Luiz, Terry, Ashley Cole; Mikel, Raúl Meireles (Frank Lampard); Ramires, Mata, Kalou (Sturridge); Fernando Torres. Técnico: Roberto Di Matteo.

Um novo dia

No dia 1º de fevereiro estreei como jornalista. Arranjei um estágio em um grande jornal de Salvador. Mas tive que interromper o sonho bruscamente. Por causa de incompatibilidade do horário das aulas com o do estágio, fui dispensado no dia 20 de março.

Nesse tempo aprendi bastante. Fiquei lotado no site do Jornal, na editoria de Cultura, durante a semana. E entrei também nas escalas dos plantões de fim de semana. Sacrifício perder sábado ou domingo? De jeito nenhum. Nos plantões não existia divisões de editorias, todo mundo pegava o que aparecesse de mais urgência. Logo no meu primeiro plantão peguei o início da greve da polícia militar. Depois veio o carnaval, que pela grandeza e importância requer um planejamento especial para todos os setores que participam de alguma forma da festa. Além disso, tive também a cereja do bolo, que foi cobrir 2 jogos do campeonato baiano de futebol. Sendo que o último deles foi o BA-Vi, o maior clássico do futebol baiano.

A dispensa me deixou triste, mas a vida segue. Como diz Marcelo D2, em uma de suas letras “A vida é um eterno perde e ganha, um dia a gente perde, no outro a gente apanha. E nem por isso a gente vai fugir da luta...”.

E como tenho que preencher meu tempo ocioso, resolvi cobri jogos de futebol, do jeito que eu fazia no jornal: lance a lance no twitter e uma matéria do jogo.

Começarei hoje, dia 27, cobrindo um jogo das quartas de finais da Liga dos Campeões (que chique!). No cardápio de hoje tem Apoel x Real Madrid e Benfica x Chelsea. Escolhi o segundo jogo e explico o por que. Apoel x Real Madrid é o jogo mais fácil dessa fase da Liga dos Campeões. O Real Madrid tomo mundo conhece, ouve falar de sua força, do seu elenco multimilionário, enquanto que o pequeno Apoel do Chipre, é a maior surpresa da competição neste ano. Então é um jogo de gigantesco contra um nanico. Ao contrário de Benfica e Chelsea, que é um confronto parelho, de forças equivalentes. O Chelsea com o seu elenco de estrelas, mas a procura de um time, vindo de maus resultados no Campeonato Inglês, tentando sair da crise, depois que trocou técnico. Já o Benfica não tem estrelas, mas sim bons jogadores e um bom time, que pode muito bem dar o máximo de si e eliminar os Blues. Depois de 22 anos longe da semifinal, o Benfica espera quebrar esse tabu.

Por enquanto é isso. Logo mais começo a twittar o lance a lance de Benfica x Chelsea, mas claro que de olho no acontece em Apoel x Real Madrid. Estarei em @aragaoleandro no twitter, basta procurar e seguir.

Vou pegar um café e volto!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Duro como Aço

“Acontece que aquele ciganinho de fala mansa e tatuado era um campeão cigano de luta sem luvas, ou seja duro como aço”. O cigano desse monólogo é Mickey, personagem de Brad Pitt no ótimo filme Snatch – Porcos e Diamantes do diretor Guy Riychie. Mas essa descrição cai muito bem no nº 1 do mundo do tênis, Novac Djokovic.

Djokovic acaba de conquistar, pela terceira vez na carreira, o Aberto da Austrália. Ele encarou quase 6 horas de jogo contra o nº 2 do mundo, Rafael Nadal. A partida teve 5 sets (5/7, 6/4, 6/2, 6/7 (7-5) e 7/5). Para chegar na final, Djokovic enfrentou uma semifinal de mais de 4 horas contra o inglês Andy Murray, há 2 dias atrás. Isto é, o nº1 do mundo jogou mais de 10 horas nos últimos 2 dias.

A partida de hoje foi muito desgastante e exigiu ao máximo o preparo físico dos dois tenistas. Rafael Nadal é conhecido como monstro no mundo do tênis, não só pela habilidade e técnica, mas também na entrega dentro de quadra. Não importa em que set esteja ou quanto esteja o placar, ele vai em todas as bolas, o que transforma as partidas em verdadeiras batalhas físicas, além uma grande carga emocional nos adversários pelo jogo incansável. Djokovic soube controlar os nervos e duro como aço, aguentou todo o desgaste da partida e levantar a taça do primeiro Grand Slam do ano (apesar da dificuldade até em levantar a taça, tamanho foi o desgaste físico).

Novak Djokovic tem apenas 24 anos, isto é muito tempo demais pela frente e um corpo jovem para enfrentar outras 6 horas de partidas pela frente.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Minha lembrança de Senna na Williams

A mídia exaltou a assinatura do contrato. A repórter gravou a reportagem da sede da Williams com o carro de nº2, de 94, de fundo. A internet pipocou de comentários nas redes sociais. Todos comemoraram o fato de um Senna voltar a dirigir um carro da Williams.

Sei que além de dar notícias, os jornalistas tem que se preocupar também em vendê-las em forma de matérias. Uma manchete ou um texto que atraia o interesse das pessoas ajudam a vender jornal e conseqüentemente atrair anúncios publicitários que é quem realmente paga o trabalho de uma redação inteira.

Lendo as notícias da contratação de Bruno Senna pela Williams não cai na vala comum de lembrar do acidente fatal em Ímola, num carro da equipe de Frank Williams. Relembrei do que eu vi do nome Senna na Fórmula 1, no carro branco e vermelho da McLaren.

Relembrei na rede social de Senna jogando o carro em cima de Prost no Japão e ficando com o título de 90. Relembrei também do título de 91 no qual, depois de um passeio, Senna cedeu a vitória ao seu companheiro de equipe Berger, no mesmo Japão. Relembrei a inesquecível ultrapassagem em cima da Williams de Damon Hill no GP do Brasil de 93. Da belíssima vitória em Donington Park no mesmo ano, cuja corrida mostrou um jovem garoto Rubens Barrichello andando em segundo lugar pela primeira vez na Fórmula 1.

E ele na Williams, tenho alguma lembrança? Sim, tenho. Não vi, mas li relatos. Nos testes de pré-temporada em Portugal no ano de 1994, o recém contratado Ayrton Senna levanta do carro e diz: “Porra, cagaram no carro bem na minha vez!”. O ‘Porra’ pode ter sido adaptação minha, mas o ‘cagaram’ foi o que eu li. E se você, leitor for bem mais novo do que eu, explico. Nos anos de 92 e 93, a Williams produziu carros imbatíveis, que muitos dizem que eram de outro planeta. Mas em 94 a FIA tirou toda a tecnologia dos carros que faziam a diferença para a Williams.

É essa a lembrança que tenho de Ayrton Senna na Williams.