sexta-feira, 26 de agosto de 2011

União, respeito e títulos

Além do futebol bonito, bem jogado, o que me chama muito atenção no Barcelona é a união e o respeito do time, dos jogadores. Todos se preocupam com todos, todos se ajudam e solidarizam dentro e fora das quatro linhas.

Em 2010, o Barcelona enfrentou o Milan, quando Ronaldinho ainda jogava no rubro-negro italiano, pelo troféu Joan Gramper. Antes da partida colocaram no telão os melhores momentos do craque brasileiro com a camisa do Barça. O Barcelona levou o título nos pênaltis, mas quem ganhou o troféu foi Ronaldinho, entregue pelas mãos do capitão Carles Puyol, numa demonstração de carinho, respeito e reconhecimento pelos belos serviços prestados.

Na temporada passada, 2010/2011, ao sagrar-se campeão da Liga dos Campeões da Europa em cima do Manchester United, Puyol deveria levantar a taça do título do Barcelona, mas numa demonstração de união, o capita catalão entregou a faixa de capitão para que Abidal erguesse o troféu mais cobiçado da Europa. Abidal havia acabado de retornar aos gramados depois de passar por uma delicada cirurgia para a retirada de um tumor no fígado.

Ontem, após o sorteio de grupos da Liga dos Campeões da Europa dessa temporada que está começando, teve a escolha do melhor jogador da Europa de 2010/2011, vencida por Lionel Messi. O craque argentino, ídolo do clube catalão, fez questão de dividir a premiação com o time.

Hoje, ao marcar o gol do título da Supercopa da UEFA, Cesc Fábregas foi abraçado carinhosamente pelo time. Para quem não sabe, Fábregas é cria das divisões de base do Barcelona, mas foi transferido para o Arsenal, antes de chegar ao profissional. A volta para o Barcelona foi uma novela, que só teve um final feliz, pois ficou insuportável a vontade do criador e da cria de juntarem novamente, no entanto um caminhão de dinheiro foi despejado na conta do clube inglês. E como o amor entre os dois é puro e verdadeiro, a felicidade ficou completa com o gol de Fábregas que fechou o jogo em 2 a 0 contra o Porto.


Num ambiente de disputa, rivalidade, falsidade e amor ao dinheiro, a união verdadeira dos jogadores do Barcelona é algo fora do comum de um time fora de série, viciado no futebol arte e com muita gana de continuar ganhando tudo.

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