sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Primeiro a diversão, depois a obrigação

Na minha infância, meu pai sempre dizia, primeiro você estuda e depois se diverte. Quando se é criança a única obrigação que se tem é passar de ano. Levando isso para a vida adulta, primeiro as obrigações, depois a diversão.

No meu entendimento sediar uma Copa do Mundo ou Olimpíadas é diversão para um país. Trazendo o ensinamento de meu pai, que não nenhuma invenção da roda, para um país primeiro as obrigações com seu povo e depois a diversão.

A revista Veja de 21/12/2011, traz um encarte produzido pela Placar intitulado “O Novo Futebol Brasileiro”. Dentre os assuntos abordados pelo encarte está as obras dos estádios que sediarão jogos da Copa no Brasil. Alguns estão sendo apenas reformados, outros foram demolidos para erguer um novo, enquanto que outros estão sendo construídos. O que chama atenção são os orçamentos estratosféricos dos estádios. Darei alguns exemplos para não estender demais o texto. O Maracanã, por exemplo, está sendo reformado e está orçado em R$ 884 milhões. A reforma do Mineirão custará R$ 695 milhões. Já o estádio Mané Garrincha, que mudará de nome e será chamado de Estádio Nacional, foi posto abaixo e o novo está sendo erguido por R$ 688 milhões. Quem está na mesma situação é o estádio da Fonte Nova, que também foi demolido e um novo custará R$ 597 milhões. O estádio que sediará a abertura da Copa está sendo construído, trata-se da Arena de São Paulo, que custará R$ 820 milhões e será “doado” para o Corinthians.

Obras do novo estádio da Fonte Nova

Essa farra dos estádios custará algo em torno dos 6,7 bilhões de reais aos cofres públicos. O curioso é que quando o Brasil foi anunciado sede da Copa do Mundo de 2014, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, deixou claro que as reformas e construções dos estádios teriam zero de dinheiro público, isto é, o setor privado financiaria a Copa do Mundo. Conversa para boi dormir. Na época, não acreditei nisso e escrevi esse texto logo após o anúncio.

O governo brasileiro está gastando 6,7 bilhões de reais numa diversão para estrangeiro ver. O custo do ingresso para um jogo da Copa do Mundo é muito alto para o bolso do brasileiro, por isso poucos terão acesso. Apesar do país se encontrar em pleno desenvolvimento e crescimento econômico, ainda temos inúmeros problemas de alto grau de importância para resolver, como educação, saúde e segurança.

O Brasil colocou a diversão na frente das obrigações. Gastará tubos de dinheiro para construir estádios, sendo que muitos deles virarão enormes elefantes brancos depois da Copa do Mundo. Esses tubos de dinheiro seriam de muito mais valia se fossem empregados na saúde precária do país ou no falido sistema educacional, por exemplo. Mas o governo brasileiro prefere varrer a sujeira pra debaixo do tapete e maquiar o país para mostrar pros gringos que o povo brasileiro adora futebol.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Triturador Azul Grená

Quando o Santos conquistou o seu primeiro título mundial diante do Benfica em 1962, Pelé já tinha batido a marca dos 1 mil gols. Ali o rei já era candidatíssimo a melhor jogador de todos os tempos. Encantava o mundo em todos os gramados que desfilava. E fazia do seu time quase imbatível.

No mundial de clubes de 2011, o Barcelona chegou como um time imbatível. Seríssimo candidato a melhor time de todos os tempos. Precisou apenas do primeiro tempo para trucidar o Santos e fazer 3 a 0 no placar. O Barcelona impôs seu estilo de jogo e os gols foram saindo naturalmente com Messi, num belo gol tocando com classe na saída do goleiro, Xavi e Fábregas. No segundo tempo, Messi fechou o placar fazendo seu segundo gol no gol, 4 a 0 Barcelona em cima do Santos.

O triturador azul grená conquistou seu 13º título, em 16 disputados nos últimos 3 anos. Nessa gestão Guardiola, o Barcelona perdeu apenas a Copa do Rei em 2010 para o Sevilla, a Liga dos Campeões de 2010 para a Inter de Milão e a última Copa do Rei para o rival Real Madrid. Fora essas 3 derrotas, o time catalão vem jogando em tal nível que está difícil de algum time no mundo fazer frente a ele. Nesta temporada, o Barcelona jogou contra 2 gigantes do futebol mundial, seu rival Real Madrid e todo poderoso Milan. Contra o Real, o jogo aconteceu em Madrid, no Santiago Bernabéu e Messi, Xavi, Fábregas e Cia viraram o jogo para 3 a 1. Já contra o Milan, também na casa do adversário, o Barça ganhou de 3 a 2.

O que impressiona no Barcelona é que o time não abre mão do seu estilo de jogo em ocasião alguma. Não importa o adversário que está do outro lado do campo, não importa o local do jogo (em casa ou fora), o time sempre vai tentar impor seu toque de bola. No jogo contra o Santos, Guardiola sabia quem era Neymar e do que ele é capaz de fazer dentro, mas mesmo assim não traçou um plano especial infalível para anular o jovem craque santista. Nas coletivas durante os dias que antecederam a partida, Cesc Fábregas falou o que o time faria para anular Neymar, “Se tivermos o controle da bola, não há Neymar”.

O Barcelona chegou a um patamar no futebol atual em que só existe ele. E não se pode dizer que falta adversário de qualidade. Real Madrid, Manchester United, Milan, Bayern de Munique são grandes times, com craques em seus elencos, além de serem comandados pelos melhores técnicos do mundo, mas não conseguem fazer frente ao Barça.

Ninguém conseguiu descobrir uma fórmula para parar o Barcelona. Que além de tudo, Guardiola não descansa mesmo com o time encantando. Ele sempre consegue mexer e mudar o time para continuar cada vez mais imbatível.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os garotos de La Masía

Uma reportagem especial na Espn Brasil sobre La Masía, a fábrica de craques do Barcelona, me chamou bastante atenção numa parte. Ao serem perguntados sobre quanto tempo o time juvenil do Barça da geração, que se eu não estiver enganado, era de 87, ficou invicto. Nesse time juvenil estavam três garotos, Piqué, Messi e Fábregas. Os entrevistados eram Messi, Piqué, além de pessoas da comissão técnica. Messi e Piqué tiveram a mesma reação. Olharam como se fosse um número impossível de mensurar. E sem chegarem a um número preciso responderam dois, três, cinco anos...

Dos três garotos de La Masía, apenas Messi seguiu no clube e chegou ao time principal. Já Piqué transferiu-se para o Manchester United em 2004, além de passar uma temporada, 2006-2007 no Real Zaragoza. Depois do empréstimo retornou ao Manchester não conseguindo emplacar uma boa sequência de jogos até retornar a sua casa, o Camp Nou na temporada de 2008-2009.

Já Cesc Fábregas partiu de La Masía também para a Inglaterra como Piqué, mas para o Arsenal, time londrino. Sob o comando de Arsené Wenger, Fábregas tornou-se a estrela do time e recebeu a braçadeira de capitão. Cansado de disputar títulos com o Arsenal, mas sempre morrer na praia, conseguiu retornar ao Barcelona na atual temporada.

Juntos no primeiro clássico contra o Real Madrid pelo campeonato Espanhol, os três garotos de La Masía foram decisivos e importantes. Piqué foi muito bem na zaga, enquanto que Messi foi um monstro no ataque, fazendo a jogada no gol de empate de Alexis Sanchéz. Enquanto que Fábregas matou o jogo numa cabeçada no segundo pau, pegando um cruzamento de Daniel Alves.

As três crias de La Masía que aprenderam a jogar futebol, mas não conseguiram entender o significado de perder, continuam fazendo o que juntos faziam quando eram apenas garotos. Ganhar, ganhar, ganhar. E fecharam o placar contra o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, casa do rival, em 3 a 1. E de virada.

domingo, 13 de novembro de 2011

Viciado em vitórias

Sabe aquele aluno que só tira nota 10 nas provas e nos trabalhos? Que chega na metade da terceira unidade e já está passado de ano? Ele poderia relaxar na quarta unidade, estudar menos, brincar mais, mas ao invés disso, ele prefere continuar estudando como se estivesse na primeira unidade, começando o ano letivo atrás do objetivo que é passar de ano.

Se a Fórmula 1 fosse uma sala de aula, o aluno descrito acima, seria Sebastian Vettel. O piloto alemão, conquistou seu segundo título consecutivo com quatro corridas de antecedência. Vettel pulverizou seus concorrentes sem deixá-los respirar durante a temporada. Dos 18 grande prêmios disputados até aqui, o piloto da Red Bull terminou no topo da classificação em 11. Após o GP do Japão, no qual conquistou o título, Vettel ganhou as duas corridas seguintes, a da Coréia do Sul e a da Índia.

Na corrida de hoje, ainda em andamento neste momento em que escrevo esse texto, Vettel teve um problema na suspensão que fez um dos seus pneus estourar. O alemão rodou e saiu da prova na primeira curva. O detalhe é que ele tinha feito a pole-position no treino classificatório de ontem e estava mantendo a primeira colocação.

O curioso foi ver a cara de decepção do mais jovem bicampeão da história do esporte ao tirar o capacete e ir conversar com o engenheiro para entender o que aconteceu. Depois foi ver as imagens da sua saída da prova. Como um legítimo CDF, ele procurou entender os erros que o fizeram tirar 9,0 na prova e não 10.

Sebastian Vettel merece tudo o que conquistou até agora e pela empolgação a cada vitória, pole e análises quando a vitória não vem, indicam que sua vontade de ganhar está apenas no início. Vettel está se mostrando um viciado em vitórias. E pela habilidade no volante, tomara que instaure seu domínio no circo da Fórmula 1.

sábado, 29 de outubro de 2011

De olhos bem abertos

Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Esse ditado cai como uma luva para o Arsenal e Robin van Persie. O desmanche que a diretoria fez no elenco deixou uma terra arrasada no clube londrino. De suas estrelas que perdeu, como Fábregas que foi para o Barcelona e Nasri que foi pro rival Manchester City, restou apenas o holandês van Persie.

O Arsenal hoje é o Davi do Campeonato Inglês. Entre os grandes da terra da Rainha, é o que tem o elenco mais limitado. E a diferença tem ficado abissal por lá, nesses últimos tempos. Cada multi bilionário que quer brincar de Championship Manager chega lá com um container de dinheiro e compra um time. E nem bem toma posse do time e outro container é descarregado para montar um time. O último que fez isso foi Manchester City que montou um esquadrão e hoje lidera o campeonato. O Chelsea fez isso há alguns anos atrás quando o russo Roman Abramovich passou a ser o proprietário de Stamford Bridge. Então, hoje em dia o Arsenal é o Davi na terra dos Golias ingleses.

Com a terra arrasada, restou a van Persie assumir o time. E o holandês passou a ser dono do time. Marcou 28 gols em 27 jogos na atual temporada. É o líder e o capitão do time. É ele quem decide os jogos do Arsenal. As vitórias conquistas pelo time carregam sua assinatura.

O Arsenal conquistou uma belíssima vitória no clássico de hoje contra o Chelsea em pleno estádio do rival. O placar de 5 a 3 para os visitantes foi de virada e cheio de emoções. E como não poderia deixar de ser 3 dos 5 gols do Davi, incluindo o da última virada e o que decretou a vitória, foram marcados por ele, Robin van Persie.

O Chelsea abriu o placar com Frank Lampard, mas tomou o empate, marcado pelo rei do Arsenal. E no finalzinho do primeiro tempo virou o jogo com o zagueiro Terry, 2 a 1 para os azuis. No início do segundo tempo, o lateral brasileiro André Santos empatou o jogo e, 10 minutos depois, Walcott virou para 3 a 2. O placar se manteve assim até os 10 minutos finais de partida, quando o Chelsea aproveitou-se de uma saída de bola errada de André Santos para empatar a partida com Mata. Como o mesmo vento que venta cá, venta lá, Malouda tocou errado para Terry e a bola caiu nos pés do rei do Arsenal, van Persie, que não desperdiçou a chance e virou o jogo novamente. E aos 46 do segundo tempo, Davi matou Golias num contra-ataque com o terceiro gol de van Persie.

O esfacelado time do Arsenal venceu o clássico contra o seu rival local. A vitória importantíssima dá moral ao time de Arsené Wenger que no meio de semana tentará definir a classificação na Champions League. Enquanto que van Persie mostra que é um rei que não tem apenas olho e sim dois olhos bem abertos em terra de cego.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mandinga de torcedor

Um jogo de futebol não é só definido nos pés do craque. Para a bola chegar certinha no pé do craque que está de frente pro gol ou o goleiro evitar um gol a queima roupa ou o zagueiro tirar a bola em cima da linha aos 49 do segundo tempo, tudo isso não se resume a competência dos jogadores. Aquele cueca velha que um torcedor sempre bota, a fezinha de outro é que definem esses lances e o resultado final da partida.

Na Bahia a fé é maior ainda. A fé dos baianos nos santos é tão grande que os outros estados adoram fazer a velha piadinha de que se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminaria empatado. Quando o juiz apita e a bola rola, os baianos estão sempre atentos aos mistérios da sorte. E como todo bom devoto, evitam fazer as mínimas coisas diferente do que vem dando sorte.

As vésperas do jogo de sábado entre Bahia x Avaí, encontrei um vizinho torcedor do tricolor baiano no elevador. Após os educados “bom dia” e “tudo bem?”, perguntei se ele veria o jogo no estádio. Ele disse que ainda não tinha decidido e tal, lembrou que a torcida não vem lotando o estádio, que por causa disso os ingressos não estão esgotando, então ele iria decidir isso em cima da hora. E finalizou com um não sei, porque também estou dando umas sortes assistindo na televisão mesmo.

Agora a noite, depois que o Bahia ganhou suado do Avaí, numa partida louca, em que o dono da casa abriu o placar, depois tomou a virada para revirá-lo, fechando o placar em 3 a 2, encontro este vizinho novamente. Logo após os cumprimentos formais, já perguntei logo sobre o jogo. “Que jogo louco!”, respondeu ele. Em seguida perguntou do resultado do jogo do Vitória hoje e que pelos comentários do rádio, tudo indicava que o rubro-negro havia perdido outra partida. Logo emendei com a falha do goleiro Fernando, ex-Bahia e atual Vitória, que entregou o empate para o time do Paraná, na última sexta. E no final, claro, perguntei se ele tinha ido pra Pituaçu. E ele respondeu, “Fui não. To dando sorte vendo os jogos em casa!”.

Pois é, uns torcedores usam a mesma cueca, outros apelam para os santos, enquanto que uns ajudam o time a revirar um jogo assistindo em casa.

Atualização as 00H52: O Vitória realmente perdeu hoje, 1 a 2 para o Barueri. Time que perde em casa é sinal de que dificilmente vai subir.

domingo, 11 de setembro de 2011

Já tá ficando feio...

Vou contar duas estorinhas de gozação com torcedores rivais. Um torcedor do Bahia chorando, dizendo que sua filha de 8 anos nunca viu o Tricolor de Aço ser campeão, aí um outro se aproxima e diz fica assim não, pior é Dona Cano (mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia) que tem 102 e nunca viu o Vitória ganhar nada. A outra é a seguinte. Sabe o que um torcedor do Corinthians faz quando o time dele é campeão da Libertadores? Grita de alegria, chora de emoção, salva no memory card e desliga o Playstation. É, já pode trocar Vitória e Corinthians e colocar Caroline Wozniacki.

Mais um Grand Slam e a número 1 do mundo não consegue levantar o caneco. Na noite de ontem, a dinamarquesa foi atropelada pela americana Serena Williams, 28ª do ranking, por 2 a 0, parciais de 6-2 e 6-4. Apesar de Carol ter ganho 4 games no segundo set, Serena não deu chances pra loirinha. Em momento algum a americana teve sua vitória e classificação para a final ameaçada.

Como disse no post anterior, Wozniacki só tem uma única tática de jogo e que se a adversária não cair na rede dela, dificilmente a dinamarquesa sairá com o triunfo. O 4º game perdido, por exemplo, foi fruto de uma quebra de serviço, resultado de erros seguidos da americana que relaxou na hora de fechar o jogo em 6-3. Porém no game seguinte, a americana fechou o jogo quebrando o serviço da número 1 do mundo. Como Serena costuma dizer, e com toda razão, que o ranking pode dizer o que quiser, mas a melhor tenista do mundo é ela.




Serena Williams poderá salvar a honra dos norte-americanos, já que disputará a final do US Open na histórica data de 11/09, logo mais contra a australiana Samantha Stosur, que bateu a zebra desse ano, a alemã Angelique Kerber por 2 a 1, parciais de 6-3, 2-6 e 6-2. Já Carol, mais uma voltará pra casa pra pensar na vida e treinar duro pra evoluir o seu tênis, pra não sentir o gostinho de ganhar de um Grand Slam apenas no vídeo-game.

Final masculina

A final masculina do US Open, que acontecerá amanhã, será disputada entre o sérvio, número 1 do ranking, Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal, segundo no ranking.

Djokovic venceu mais uma batalha contra Roger Federer, que durou quase 4horas, por 3 a 2 nos sets, parciais de 6-7(7-9 no tie-break), 4-6, 6-3, 6-2 e 7-5. Já Nadal venceu o britânico Andy Murray, quarto melhor do mundo, por 3 a 1 e parciais de 6-4, 6-2, 3-6 e 6-2, num jogo de quase 3horas e meia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Messi calado é um poeta

Lembro que em 2005, Pelé, o maior jogador da história do futebol, disse que Romário deveria encerrar a carreira. O baixinho respondeu que Pelé calado é um poeta, que tinha que colocar um sapato na boca, pois já era sabido que o rei só falava m*, mas e ressaltou que ele é rei, é Deus.

O melhor jogador da atualidade, eleito duas vezes melhor do mundo e atual detentor desse título, Lionel Messi também andou merecendo colocar um sapato na boca. Em entrevista à Revista ESPN de setembro, o craque argentino respondeu que Maradona foi melhor que Pelé, já que ele não tinha visto o craque brasileiro. No entanto, a polêmica surgiu ao dizer que não ter visto o rei, não lhe fazia falta.

Messi é um cracaço desses que surgem de tempos em tempos e que são candidatos a melhores da história. Claro que ele tem liberdade para falar o que quiser e ter a opinião que for, mas para essa discussão boba, que já colocou até a FIFA numa tremenda saia justa, Messi perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Antes de abrir a boca pra falar isso, Messi deveria colocar uma bola nos pés e sair em direção ao gol, driblando todos os jornalistas que lhe fizessem essa pergunta, quem é melhor, Pelé ou Maradona? Afinal de contas, pra que entrar nessa discussão se nem argentino ele é?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A memória veio a tona

O avião de passageiros Yakovlev 42 (Yak-42) caiu pouco depois de decolar do aeroporto de Yaroslavl na Rússia. Segundo informações da polícia local, estavam 45 pessoas abordo, 37 passageiros e 8 tripulantes. Apenas uma pessoa sobreviveu. Entre os 44 mortos estavam a equipe de hóquei do Locomotiv Yaroslavl. O time do Locomotiv foi terceira colocada no campeonato russo de hóquei desse ano.

Quando soube dessa notícia, no “jornal” Twitter, lembrei logo do acidente que matou um grupo do time de futebol do Manchester United em 1958. No dia 6 de fevereiro daquele ano, o avião que trazia parte da delegação do time falhou na terceira tentativa de decolagem em meio a uma nevasca em Munique. O avião não teve força suficiente para passar do perímetro do aeroporto e bateu a asa esquerda e a cauda numa casa abandonada. Sete jogadores – Roger Byrne, Geoff Bent, Eddie Colman, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor e Billy Whelan. Outro jogador, o jovem promissor Duncan Edwards, de 21 anos, morreu 15 dias depois em decorrência de ferimentos. Além desses jogadores, dois membros da comissão técnica e um dirigente também perderam a vida nesse acidente. O técnico do time, Matt Busby, sobreviveu ao acidente.

O time do Manchester United vinha de Belgrado onde conseguiu a classificação para as semifinais da Copa dos Campeões (que hoje é chamada de Liga dos Campeões) ao empatar por 3 a 3 com o Estrela Vermelha. O avião fez escala em Munique para reabastecer, quando aconteceu o acidente.

O jovem time do Manchester United tinha média de 24 anos e era bastante promissor. O time era bicampeão inglês (55/56 e 56/57) e atual campeão da Copa dos Campeões. E vinha fazendo frente a supremacia do poderoso Real Madrid de Di Stéfano e Puskas. O Manchester contava com o talentoso Duncan Edwards, que estreou no time profissional aos 16 anos e com 18 anos já era figurinha carimbada na seleção inglesa. Além de Edawrds, o Manchester contava também com Bobby Charlton outro jovem talento, mas que assim como o técnico do time, sobreviveu ao acidente.

Alguns tiveram sorte como Jimmy Murphy e Johnny Berry que não puderam fazer parte do vôo. Murphy, braço direito de Busby, não embarcou com a delegação, porque tinha que treinar a seleção galesa contra Israel pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1958. Já Berry ficou na alfândega por não encontrar seu passaporte. Inclusive, o vôo atrasou justamente porque os funcionários da alfândega tiveram que retirar a bagagem de Berry do avião para procurar o documento. Por outro lado, o jogador Geoff Bent não teve a mesma sorte. Bent foi relacionado de última hora para fazer parte da delegação por precaução, devido aos problemas físicos do capitão do time Roger Byrne.

Com o apoio da torcida, o Manchester United fez algumas contratações que compuseram o time formado por reservas e juniores para dar seqüência à temporada. Que essa história do Manchester United inspire o Locomotiv Yaroslavl superar esta tragédia.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A ficha ainda não caiu

O Bahia foi até o Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo no último domingo e venceu o rubro-negro carioca por 3 a 1, dentro do Engenhão. O zagueiro Titi, o lateral-esquerdo Dodô e o atacante Souza foram os autores dos gols do Tricolor de Aço que tirou o pescoço da degola, ocupando a 15ª colocação, a 3 pontos da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro desse ano.

O mais divertido é a torcida do Bahia que mistura felicidade e surpresa com o resultado do jogo de domingo. Já ouvi histórias de torcedores que não puderam ver o jogo e custavam a acreditar que o time fechou o primeiro tempo já com o placar construído. Muitos ficaram com o pé atrás, preferindo manter o comedimento até o apito final do árbitro, já que o time cansou de ceder empates e derrotas nos minutos finais. Ontem a noite, ouvi um torcedor dizer, que apesar de ter assistido o jogo, até agora não acreditava nos 3 a 1 pro Bahia.

Foi um resultado que nem o mais otimista dos torcedores do Bahia teria. O novo técnico, que acaba de ser apresentado, Joel Santana receberá um time num momento de tranqüilidade para arrumar a casa e manter o Tricolor de Aço na divisão de elite do futebol brasileiro.

Nada que impressione

Se eu não já tivesse acostumado com Caroline Woznacki diria que a vitória de ontem, de virada, por 2 a 1 (6-7, 7-5 e 6-1) diante da russa Svetlana Kuznetsova, diria que agora vai para a dinamarquesa número 1 do mundo conquistar seu primeiro Grand Slam. Mas como já a conheço de outros principais torneios do circuito não escreverei isso.

O primeiro set foi equilibrado, recheado de quebras de serviço, até que a bela Caroline fez cara de bravinha e começou a jogar a raquete no chão. Kuznetsova, mais consistente e tomando as rédeas do jogo fechou o primeiro set 7-6, com 8-6 no tie-break.

No segundo set, Carol conseguiu a reação depois de estar perdendo por 3 a 0. Kuznetsva se acomodou demais no jogo e passou a errar, o que é mortal diante da número 1, já que seu jogo é baseado em cima do erro da adversária.

Entre o término do segundo set e o terceiro, Kuznetsova inventou de ir no vestiário trocar de raquete e por lá ficou um bom tempo fazendo todo mundo esperar, inclusive Roger Federer que entraria em quadra logo em seguida para enfrentar o argentino Juan Monaco. Mas como aqui se faz e aqui se paga, a ida ao vestiário tirou a concentração da russa que quando voltou, tomou um 6-1 de Carolzinha, encerrando sua participação no US Open.

Caroline Wozniacki se defende como ninguém. Sua defesa sólida permite jogar no erro das adversárias, nos contra-ataques. O problema de Carolzinha é que se a adversária estiver num bom dia, sem erros e atacando forte, já era. Se não conseguir impor o seu jogo, um abraço e até a próxima. Ela não tem variação de jogo. E é isso que falta para a atual número 1 do mundo perder a virgindade no Grand Slam. Ela é uma ótima tenista, ninguém chega ao topo a toa, por pura sorte. No entanto pra entrar no rol das grandes tenistas, Carol precisa de um título desse porte, senão vai ter que se limitar a contar histórias de torneios de Master pros netinhos.

O jogo seguinte

Na transmissão da Espn, o narrador e comentarista disseram que Roger Federer estava bufando para entrar logo em quadra e alertaram que quando o suíço está assim o esperado é que aconteçam atuações memoráveis. Não agüentei ficar até o jogo do número 3 do mundo, já que passava da meia-noite quando terminou o jogo da bela Carolzinha.

Hoje de manhã, vi o resultado do jogo e não deu outra. Federer atropelou o argentino Juan Monaco por 3 a 0, com parciais de 6-1, 6-2 e 6-0.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O futuro do Brasil

Após o desfecho do primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2011 e apenas cinco pontos separam o líder do 6º colocado. Corinthians lidera o campeonato com 37 pontos, enquanto que o Palmeiras vem em sexto com 32. Entre eles tem Flamengo com 36, São Paulo e Vasco com 35 e o Botafogo vem em quinto com 34 pontos. Todo mundo colado.

Se você pegar o histórico de pontos corridos, poderá também incluir Cruzeiro e Inter, ambos com 27, na luta pelo título. E se a análise, levar em conta os craques do plantel, podemos dizer que o Santos, de Ganso, Neymar e Elano, também pode entrar nessa briga, mesmo tendo apenas 22 pontos.

Agora vamos, para o outro lado do oceano Atlântico. Nesse último domingo, o Real Madrid estreou no Campeonato Espanhol massacrando o Zaragoza por 6 a 0. Ontem, o Barcelona, extremamente desfalcado, com a zaga inteiramente improvisada com 2 volantes e 1 lateral, goleou o Villareal por 5 a 0. Enquanto que os 2 gigantes fazem uma disputa particular pelo título, os outros 18 clubes lutam pelas migalhas.

A grande diferença entre Barcelona e Real Madrid e os outros está na receita. A diferença entre os contratos de televisão e patrocínio dos dois gigantes é abissal em relação aos demais. Lá na Espanha, os contratos televisivos são individuais, logo, por terem mais craques e jogarem um futebol bonito, vistoso, Barça e Real tem maior poder de barganha e acabam fechando contratos bem maiores que os demais. Enquanto que os dois ficam com a maior fatia do bolo, os demais times ficam com as migalhas e isso reflete na disputa pelo título espanhol.

E as regalias não param por aí, Barcelona e Real Madrid também possuem linhas de créditos especiais, isto é, os dois gigantes conseguem fazem empréstimos mais facilmente do que os demais. Enquanto que o Barcelona gastou 55 milhões de euros pra contratar Alexis Sánchez e Cesc Fábregas (além das variáveis de ambos que poderão ser acrescidos, respectivamente, 11,5 milhões e 10 milhões de euros) e o Real Madrid desembolsou 30 milhões de euros por Fábio Coentrão, o Villarreal tem que vender jogadores para equilibrar as contas e manter Nilmar e Rossi no elenco.

Aqui no Brasil, com o racha no Clube dos 13, a Rede Globo negociou, individualmente com os clubes, os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Na nova negociação, São Paulo, Palmeiras, Vasco e Santos caíram do primeiro grupo para o segundo. O primeiro grupo agora, tem apenas Flamengo e Corinthians que recebem 18% a mais do que o segundo grupo. Parece pouco, mas não é. Um exemplo, foram as especulações de uma possível volta do argentino Carlos Tévez ao Brasil. Para avalizar a contratação, o Corinthians colocaria os 100 milhões que deverá receber da televisão como garantia de pagamento. O nível aumentaria, seria mais um craque desfilando pelos estádios brasileiros, mas o Botafogo teria bala na agulha pra fazer uma contratação desse nível? Será que apenas 3 pontos poderiam separar o Corinthians, com Tévez no seu elenco, do Botafogo? Com certeza não.

A diferença de Corinthians e Flamengo para os demais deverá aumentar ao longo dos anos. Quanto mais craques no elenco, maior será o poder de arrecadação com patrocinador. E essa situação está chegando a um nível insustentável na Espanha. É bom que os dirigentes brasileiros fiquem atentos a isso para que o Brasileirão continue tendo nove ou mais times disputando o título.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

União, respeito e títulos

Além do futebol bonito, bem jogado, o que me chama muito atenção no Barcelona é a união e o respeito do time, dos jogadores. Todos se preocupam com todos, todos se ajudam e solidarizam dentro e fora das quatro linhas.

Em 2010, o Barcelona enfrentou o Milan, quando Ronaldinho ainda jogava no rubro-negro italiano, pelo troféu Joan Gramper. Antes da partida colocaram no telão os melhores momentos do craque brasileiro com a camisa do Barça. O Barcelona levou o título nos pênaltis, mas quem ganhou o troféu foi Ronaldinho, entregue pelas mãos do capitão Carles Puyol, numa demonstração de carinho, respeito e reconhecimento pelos belos serviços prestados.

Na temporada passada, 2010/2011, ao sagrar-se campeão da Liga dos Campeões da Europa em cima do Manchester United, Puyol deveria levantar a taça do título do Barcelona, mas numa demonstração de união, o capita catalão entregou a faixa de capitão para que Abidal erguesse o troféu mais cobiçado da Europa. Abidal havia acabado de retornar aos gramados depois de passar por uma delicada cirurgia para a retirada de um tumor no fígado.

Ontem, após o sorteio de grupos da Liga dos Campeões da Europa dessa temporada que está começando, teve a escolha do melhor jogador da Europa de 2010/2011, vencida por Lionel Messi. O craque argentino, ídolo do clube catalão, fez questão de dividir a premiação com o time.

Hoje, ao marcar o gol do título da Supercopa da UEFA, Cesc Fábregas foi abraçado carinhosamente pelo time. Para quem não sabe, Fábregas é cria das divisões de base do Barcelona, mas foi transferido para o Arsenal, antes de chegar ao profissional. A volta para o Barcelona foi uma novela, que só teve um final feliz, pois ficou insuportável a vontade do criador e da cria de juntarem novamente, no entanto um caminhão de dinheiro foi despejado na conta do clube inglês. E como o amor entre os dois é puro e verdadeiro, a felicidade ficou completa com o gol de Fábregas que fechou o jogo em 2 a 0 contra o Porto.


Num ambiente de disputa, rivalidade, falsidade e amor ao dinheiro, a união verdadeira dos jogadores do Barcelona é algo fora do comum de um time fora de série, viciado no futebol arte e com muita gana de continuar ganhando tudo.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não assisti...

... mas li que Caroline Wozniacki ganhou da canadense Aleksandra Wozniak por 2 a 0 nos sets com parciais de 6-3 e 7-6 (8-6), em 1h e 54 min de partida. E continuei lendo, que a bela Carol discutiu feio com a juíza de cadeira, o que pode ter desestabilizado a adversária que estava a 3 set points do empate.

Depois que li, vi a carinha linda de brava da bela Carol segundos antes de começar a discutir feio com a juíza de cadeira, que mesmo assim manteve a marcação de bola fora e ponto para Wozniak. Em outros tempos, Wozniacki, a top 1 da WTA, se desesperaria e perderia a concentração e o jogo. Mas dessa vez, ela manteve a calma e foi pra retranca, passando a jogar, exclusivamente, no erro da adversária. E não deu outra, a Wozniak, do Canadá, errou e a Wozniacki dinamarquesa, a nº1 do mundo, virou o tie-break e ganhou o jogo.

Agora, Caroline Wozniacki enfrentará Daniela Hantuchova que também é muito bonita, mas não é a nº1 em nenhum dos sentidos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Corrupção sem fronteiras

No início do mês, mais precisamente no dia 10/05, o ex-presidente da Associação de Futebol da Inglaterra (FA) e atual membro do Parlamento Britânico, David Triesman, acusou Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e mais outros 3 dirigentes da FIFA de pedirem propina em troca de apoio à candidatura da Inglaterra para sediar a Copa de 2018.

Prontamente, a CBF publicou nota em seu site oficial rebatendo todas as acusações de Triesman e afirmando que o ex-presidente da FA tenta esconder o fracasso na condução da candidatura inglesa para sediar a Copa do Mundo.

Ontem, a BBC exibiu um programa no qual revela que Ricardo Teixeira admite, em audiência a juízes suíços, que houveram pagamentos de propinas na FIFA, além de fechar acordo para que seja barrado a publicação do documento que comprova essa informação pelo tribunal suiço. Além de Teixeira, o ex-presidente da FIFA João Havelange também esteve envolvido nesse esquema que ocorreu na década de 90.

Diferentemente do que aconteceu a pouco menos de 15 dias atrás, a CBF não divulgou nenhuma nota ameaçando processar a BBC. Muito pelo contrário, Ricardo fez o mesmo quando alguns deputados ameaçaram abrir a CPI da Copa de 2014, embarcou hoje para a Suíça onde deverá se encontrar com outro nome citado pela reportagem, Joseph Blatter, atual presidente e candidato a reeleição da FIFA, para tomarem as medidas cabíveis.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Finais na estréia

Última rodada, enquanto que Santos e Internacional estão disputando ponto a ponto o título do Brasileiro 2011, Fluminense, São Paulo, Corinthians e Grêmio disputam ponto a ponto a terceira vaga da Libertadores, além de Vasco, Palmeiras e Botafogo ainda sonharem com uma dessas duas vagas em disputa. Enquanto isso na parte de baixo da tabela, Bahia, América-MG e Ceará brigam de badogue (estilingue) para não cair.

Quem perder o título por um mísero pontinho ou dar adeus a uma vaga da Libertadores no detalhe ou quem fechar o caixão e cair para a série B vai se lembrar do vacilo da primeira rodada. O bom do campeonato de pontos corridos é que o primeiro jogo, o de abertura tem o mesmo valor do último. O time que começa o campeonato desmotivada, sem vontade de jogar vai lamentar a perda desses pontos lá em dezembro.

O São Paulo foi até o Rio de Janeiro e venceu o Fluminense por 2 a 0. Os times vão brigar basicamente pela mesma coisa ou título ou uma vaga na Libertadores. Outro exemplo? O Inter visitou Santos na Vila Belmiro e saiu de lá com um empate. Tudo bem que o Santos tem a desculpa de estar na semifinal da Libertadores e logicamente, deve priorizar a competição continental. O Corinthians foi outro que se deu bem na estréia ao vencer o Grêmio em Porto Alegre. na briga pelo rebaixamento, o Bahia vai lamentar muito esses três pontos que perdeu para o América-MG. O jogo foi em Minas, mas o Bahia jogou bem no primeiro tempo, saiu na frente, mas cedeu o empate na etapa final. Outro que também vai lamentar a estréia no campeonato foi o Ceará, que apesar de ter perdido para o Vasco, um time de história, perdeu em casa de 3 a 1.

E quem ainda não aprendeu como funciona o campeonato de pontos corridos, mete a culpa na arbitragem e reclama de gol impedido do adversário, pênalti em cima do atacante, impedimento mal marcado, mas não vai lembrar de jeito nenhum da primeira rodada do campeonato.

Caroline, maravilha de mulher

“Caroline é uma menina bem difícil de esquecer. Andar bonito e um brilho no olhar. Tem um jeito adolescente que me faz enlouquecer. E um molejo que não vou te enganar. Maravilha feminina, meu docinho de pavê. Inteligente, ela é muito sensual. Te confesso que estou apaixonado por você”. A letra em questão é de Seu Jorge, trata-se da música Carolina. Ao invés de Carolina, minha musa chama-se Caroline. Caroline Wozniacki.

Caroline é a atual número 1 do mundo do ranking da WTA. Tem um jogo consistente, conservador para muitos, eficiente para tantos e... é linda que dói, pra mim. Carrega nos ombros o peso da desconfiança e do nariz torcido de muitos, inclusive por mim, por ainda não ter conquistado um Grand Slam, mesmo estando por um bom tempo no topo do ranking. Carol deita e rola nos principais torneios do circuito do Tênis como Austrália Open, US Open, Wimbledom e Roland Garros, que teve início ontem, atropelando as adversárias nos primeiros jogos, mas na hora da decisão, da briga de cachorro grande, algo tira sua concentração e tranqüilidade jogando por água abaixo toda a sua habilidade e consistência.

Tenho dado atenção especial à minha musa da vez em todos os torneios de Grand Slam que começam. Em outros verões já liguei a televisão para ver Martina Hinggis desfilar sua beleza exótica e o seu belo tênis. Não sou desses que escolhe de acordo com o gosto da maioria. Martina não tinha vez no quesito beleza para Anna Kournikova, nos tempos de atividade das duas, mas dentro das quadras batia a russa com uma mão só e ainda bocejando. Carol poderia ser uma unanimidade, mas não brilha muito entre as “top models” por estar mais preocupada em bater certo na bolinha do que duelar com as Marias Sharavpovas, as Anas Ivanovics em editoriais de moda, comerciais, colunas de fofoca ou eventos do clube dos famosos.

Caroline é uma das favoritas ao título de Roland Garros, assim como outras como Kim Clijsters, Vera Zvonareva, Victoria Azarenka, Francesca Schiavone, que ocupam, nessa ordem, da 2ª colocação a 5ª do ranking. Porém, não existe uma favoritíssima, nenhuma delas está jogando um tênis monstruoso, imbatível. Estão todas meio que no mesmo nível. Além disso, as lesões também estão atrapalhando um pouco, por exemplo, Clijsters, que faturou o caneco do Austrália Open no início desse ano, vem de uma lesão no tornozelo, ao cair na pista de dança do casamento de uma prima. A própria Wozniacki entrou em quadra hoje com uma proteção na coxa esquerda. Sem contar dos casos das irmãs Williams, que estão fora do circuito por lesões.

A desconfiança por ainda não ter conquistado um Grand Slam existe, mas o fato da organização não dar importância ao fato de Caroline ser a atual nº 1 e marcar os jogos dela para arenas menores e não na principal, pode ser um atenuante dessa pressão por um título expressivo. Carol tem que manter a tranqüilidade, ganhou fácil na sua estréia hoje contra a japonesa Kimiko Date-Krumm vencendo por 2 a 0 e com direito a pneu, 6-0, no primeiro set. Sem muito esforço e concentrada, Carol começa Roland Garros como sempre começa os grand slams, sem tomar conhecimento das adversárias. O problema dela está sendo manter essa tranqüilidade, confiança e concentração nos jogos decisivos. Estou torcendo para que esse Grand Slam seja diferente dos outros e ela desentorte todos os narizes da sua frente.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Puta velha é puta velha

Ontem Muricy colocou o regulamento debaixo do braço e classificou o Santos com o 0 a 0 que precisava. No jogo de ida, na Vila Belmiro, o Peixe derrotou o América do México por 1 a 0, com gol de Ganso. E foi pro México precisando apenas do 0 a 0 e voltou com a classificação.

No campeonato inglês, o Manchester vem liderando há muitas rodadas, estava com uma mão no título, mas permitiu que o Chelsea chegasse na reta final e hoje a diferença entre os dois é de apenas três pontos. No domingo, o Manchester receberá o Chelsea em sua casa, fazendo do jogo uma final do inglês.

Devido a essa final doméstica, Alex Fergusson optou pela escalação de 9 reservas, como escrevi minutos antes do jogo que achava meio arriscado. E frisei, que sou apenas um protótipo de comentarista. Mas o sir Alex Fergusson é puta velha que nem Muricy e, assim como treinador brasileiro, não quer perder nada, nem campeonato de totó. Bancou o time praticamente todo reserva e goleou o Schalke por 4 a 1. Ganhou a classificação e o descanso dos titulares para o jogo de domingo

No dia 28/05 acontecerá a final da Liga dos Campeões, uma reedição da que aconteceu em 2009, vencida pelos espanhóis. Promessa de um jogão entre o melhor time do mundo e o time mais consistente da Europa.

Tão bom quanto o primeiro

Finalmente um Barcelona x Real Madrid a altura! Muito de se ver, os dois times interessados em jogar bola, buscando sempre o gol. Foi o último clássico entre dois na temporada, fechando com a mesma chave que abriu em novembro de 2010, a de ouro.

Claro que não devemos comparar apenas o placar de 1 a 1 nesse jogo, com o de 5 a 0 no jogo em novembro, pois o Barcelona já tinha um time se azeitando ainda mais e um Real Madrid em plena construção por José Mourinho. E como clássico é sempre decidido no detalhe, naquela ocasião o detalhe era o imenso abismo entre os dois.

Ao contrário do jogo da semana passada, o primeiro da semifinal da Liga dos Campeões, em que os dois times fizeram uma teatral batalha, pois as encenações de pernas quebradas pelo ar, rostos desfigurados por braços que encostam no peito, tudo para conseguir que um cartão vermelho para o adversário, o que daria uma enorme vantagem no confronto. O de ontem, valeu a pena todos os esforços para conseguir assistir. Diferentemente dos 3 jogos anteriores, o Real Madrid não entrou em campo preocupado apenas em não deixar o Barcelona jogar, os merengues tinham que buscar o placar, buscar o gol e assim deram mais espaço para o Barcelona jogar, além é claro da falta que Pepe fez – soa até redundante dizer que Pepe fez falta... – por ter sido expulso numa entrada que se pegasse, arrancaria o tornozelo de Daniel Alves. Com esse sistema defensivo mais frouxo, o Barça deitou e rolou impondo a sua maneira de jogar sem deixar o Real tocar na bola.

A arbitragem errou ao marcar uma falta de Cristiano Ronaldo em cima de Mascherano, quando o português tinha caído com um encontrão de Pique e sem querer encostou no pé de Masc desequilibrando-o. Na sequência, Higuaín fez o gol que poderia ter botado mais lenha na fogueira, quando o placar ainda estava no zero.

Mas logo em seguida, Iniesta mete uma enfiada pra Pedro que aparece nas costas da defesa do Madrid e toca na saída de Casillas cravando a última estaca no coração do Real. Que respondeu até com uma boa rapidez, em bela jogada de Di Maria que acertou um chute na trave e no rebote tocou para Marcelo empatar o jogo.

A partir daí o Barcelona voltou a tomar conta da bola, Messi fez algumas boas jogadas, mas o placar ficou mesmo no 1 a 1. Barcelona na final da Liga dos Campeões em Wembley e o Real Madrid dá sequência ao chororô contra a arbitragem.

Brincando com Fogo

Tudo bem que o resultado de 2 a 0 construído no primeiro jogo na Alemanha dá uma enorme tranqüilidade ao Manchester United no jogo de logo mais contra o Schalke 04, no Old Trafford, casa do time inglês. Mas escalar nove reservas para uma partida de semifinal de Champions League não é um pouco demais não? Será que Alex Ferguson não está brincando muito com fogo não? Não sou treinador e ainda um protótipo de comentarista, mas eu não arriscaria tanto assim. Mesmo levando em conta que terá um jogo decisivo contra o Chelsea no fim de semana, que poderá decidir o Campeonato Inglês.

Pra mim é arriscado demais. Vamos ver no que vai dar...

Escalação do Manchester United: Van der Sar; Rafael, Smalling, Evans e O'Shea; Scholes, Gibson, Anderson, Valencia e Nani; Berbatov. Técnico: Alex Ferguson.

sábado, 30 de abril de 2011

A final do Paulista 2011

Vou contar uma história pra vocês. Em 2005, quando o São Paulo estava por cima, tinha acabado de conquistar a Libertadores e, posteriormente, conquistou o mundo na terra do sol nascente, assisti o jogo mais emocionante da minha vida, Corinthians 2 x 3 São Paulo, jogo válido pelo Campeonato Brasileiro daquele ano.

Foi um jogo impróprio para cardíacos, manchete que o melhor jogo que o computador já teve, Championship Manager 2001-2002, publicava na capa do seu “jornal” após a vitória de um time num clássico lá e cá.

Nilmar abriu o placar logo aos 2 minutos de jogo, mas que foi empatado aos 28 com uma pintura de Amoroso, que fez fila na zaga corintiana. Já no segundo tempo na altura dos 30 minutos, Souza recebe na frente e vira o jogo para o Tricolor, mas antes disso o mesmo Souza poderia ter feito outra pintura, ao receber e dar uma puxada deixando o marcador parar lá na bandeirinha do escanteio. Mas, na finalização, chutou em cima de Marcelo, arqueiro do Corinthians e a bola foi pra fora. Mesmo com o gol, o Corinthians não se abateu e Nilmar acertou a trave de Rogério Ceni. Que foi respondido com um ataque que poderia ter matado o jogo, mas Amoroso chutou pra fora. E como diz o ditado quem não faz toma, Roger toca para Rosinei, livre dentro da área, chutar cruzado e empatar o jogo faltando 5 minutos para o final do jogo. Um clássico que estava na mão do São Paulo terminar empatado é digno de remédio para dormir, pois no mano a mano a raiva venceria facilmente o sono e não me deixaria pregar o olho. Mas 2 minutos depois do gol de empate, a zaga corintiana faz sanduíche de Souza dentro da área e, que segundo a regra, é pênalti. Amoroso bate e fecha a conta marcando o 3º gol do São Paulo.

Este jogo foi anulado uns meses depois, por estar na lista da máfia do Apito, que embaralhou todas as cartas e, de repente, o Corinthians apareceu na liderança do campeonato e permanecendo assim até a última rodada, ficando com o título. Exatamente no ano de 2005, em que Boris Berezovski e Kia Joorabchian desembarcaram no Parque São Jorge com suas maletas de 007 entupidas de dinheiro, enquanto que os containeres que traziam o restante que estava na Rússia vinha de navio.

Além dessa história, contarei um breve diálogo que tive esses dias na faculdade. Um colega meu, vestido com a camisa marca-texto do Palmeiras, passou por mim e falei “Olhe, ganhe do Corinthians, porque não quero ver o Corinthians na final” e ele respondeu “Eu vou ganhar!”. Na quinta-feira, enquanto que uma tempestade caía em Salvador, vi os confrontos da Copa do Brasil, São Paulo x Avaí, Flamengo x Ceará, Palmeiras x Coritiba, Atlético-PR x Vasco. O São Paulo não perde pra ninguém em elenco. Se uma partida de futebol fosse decidida no papel, comparando jogador por jogador na teoria, já poderia entregar a taça no Morumbi, mas como futebol é bola rolando dentro das quatro linhas durante 90 minutos, tudo pode acontecer. Inclusive uma eliminação paulista em Santa Catarina.

Agora cheguei onde queria. O São Paulo vai mostrar se tem um time de verdade dentro de campo e não só no papel, se ganhar o título paulista em cima do único clube que tem um bom time sem disputar a Libertadores, o Corinthians. Ah, mas o São Paulo ganhou na primeira fase do Paulista, jogo inclusive que Rogério Ceni marcou o seu centésimo. Ok, ganhou. Mas quero ver o São Paulo ganhando numa decisão de título, aí terei a segurança de apostar no título da Copa do Brasil.

Quero outro jogo impróprio para cardíacos!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

E se a missão for possível?

É engraçado como as coisas acontecem com o Fluminense. O time esteve na berlinda da Libertadores e só evitaria a eliminação do maior torneio da América se acontecesse outro milagre.

Sempre estou fazendo alguma coisa durante o jogo do Fluminense, seja assistindo outro jogo ou chegando da rua. Pois hoje não foi diferente. Nas outras oportunidades, o Flu estava já com a faca perto do coração quando comecei a ver os jogos. Seja Deco fazendo um gol no apagar das luzes dando sobrevida as esperanças de classificação, seja Fred decretando a vitória e botando o Flu nas oitavas de final. Pois bem, hoje não foi diferente.

Cheguei em casa, liguei a televisão na Grande Família e fui para o computador ver o aconteceu de mais importante no Brasil e no mundo no intervalo de tempo em que saí do trabalho as 18:30 e vi a chuva começando a cair, se transformar em dilúvio até um pouco antes de voltar para casa e voltar a chuviscar como no início da noite. Abro o twitter (estou começando a ver o seu funcionamento) e depois de descer muito a barra de rolagem, leio um “vou assistir Insensato Coração e depois tentar assistir o jogo dos guerreiros do Fluminense”. Aí coloco no jogo.

O placar mostra 1 a 0 para o Fluminense, quando o Libertad com o atacante, Gamarra, e contando com a ajuda do goleiro Ricardo Berna, do tricolor, empata a partida. Pronto. Se levar esse placar para o segundo jogo, que será fora de casa, o Flu voltará a colocar a corda no pescoço, mais uma vez. Diguinho recebe a bola e, pensando que é Conca, parte para cima da zaga adversária e chuta a bola, quase da intermediária, láaa na arquibancada do Engenhão. Já vi esse filme em Libertadores, com um jogador chamado Dagoberto que achava que podia driblar todo mundo e resolver o jogo com um gol antológico, deixando 50 marcadores para trás. Geralmente quando isso acontecia, a eliminação era inevitável.

Só que aí Marquinhos acerta um chute da meia lua, fazendo 2 a 1 para os donos da casa. Em seguida, Conca, ao sofrer uma falta, acha Araújo livre dentro da área, mas o juiz não dá a vantagem e pára o lance que poderia terminar no terceiro gol do Flu. Mas os deuses do futebol estão comovidos com a campanha dos guerreiros e, junto com a competência, Conca acertou a falta, que o juiz deu ao não dar a vantagem, fazendo 3 a 1.

O Fluminense conquistou um bom resultado que lhe dará certa tranqüilidade para o decidir a vaga lá no Paraguai. O time carioca pode perder até por 1 gol de diferença que se classificará para as quartas-de-finais da Libertadores.

A pergunta que não quer calar, como será que os guerreiros reagirão diante de uma missão possível?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Messi Maravilha

“E novamente ele chegou com inspiração. Com muito amor, com emoção, com explosão em gol.” (Jorge Ben)

sábado, 23 de abril de 2011

Em boa hora

O Barcelona venceu o Osassuna por 2 a 0 hoje no Camp Nou pelo Campeonato Espanhol. Os gols foram marcados por Villa e Messi, dois gols importantes para ambos.

Para Messi, a importância se dá pelo fato de ultrapassar a marca do lendário Ferenc Puskas, que até então era o maior goleador numa temporada por um time espanhol, o Real Madrid, com 49 gols marcados. O gol de hoje foi o 50º de Messi na temporada. Lembrando que o craque argentino tem apenas 23 anos e ainda não atingiu o seu auge, o que é no mínimo impressionante e que deixa todos imaginando o que virá nas próximas temporadas, competições, Copas América, Copas do Mundo.

Mas o mais importante foi o de Villa. Teoricamente foi apenas mais um gol do atacante espanhol, mas a importância dele se dá pelo fato dele estar passando por uma má fase, um jejum de gols que incomoda qualquer atacante. Foram praticamente 2 meses sem atingir o orgasmo do futebol. E isso na função dele, tira o sono do cara, além de botar 1 tonelada nas costas a cada partida sem marcar.



O fim do jejum de Villa, que curiosamente veio junto com o fim do jejum católico, aconteceu num momento crucial para o Barcelona na temporada. Nessa quarta-feira, acontecerá a primeira partida da semifinal pela Liga dos Campeões contra o arquirival Real Madrid. E o Barcelona precisa e muito dos gols de Villa. Gols que faltaram nos dois últimos clássicos disputados recentemente, inclusive um deles pela final da Copa do rei, que foi definido no único gol da partida, marcado pelo artilheiro do time merengue, Cristiano Ronaldo.

A recuperação da confiança de Villa poderá fazer diferença no confronto, afinal de contas, clássicos são decididos no detalhe.