sábado, 30 de abril de 2011

A final do Paulista 2011

Vou contar uma história pra vocês. Em 2005, quando o São Paulo estava por cima, tinha acabado de conquistar a Libertadores e, posteriormente, conquistou o mundo na terra do sol nascente, assisti o jogo mais emocionante da minha vida, Corinthians 2 x 3 São Paulo, jogo válido pelo Campeonato Brasileiro daquele ano.

Foi um jogo impróprio para cardíacos, manchete que o melhor jogo que o computador já teve, Championship Manager 2001-2002, publicava na capa do seu “jornal” após a vitória de um time num clássico lá e cá.

Nilmar abriu o placar logo aos 2 minutos de jogo, mas que foi empatado aos 28 com uma pintura de Amoroso, que fez fila na zaga corintiana. Já no segundo tempo na altura dos 30 minutos, Souza recebe na frente e vira o jogo para o Tricolor, mas antes disso o mesmo Souza poderia ter feito outra pintura, ao receber e dar uma puxada deixando o marcador parar lá na bandeirinha do escanteio. Mas, na finalização, chutou em cima de Marcelo, arqueiro do Corinthians e a bola foi pra fora. Mesmo com o gol, o Corinthians não se abateu e Nilmar acertou a trave de Rogério Ceni. Que foi respondido com um ataque que poderia ter matado o jogo, mas Amoroso chutou pra fora. E como diz o ditado quem não faz toma, Roger toca para Rosinei, livre dentro da área, chutar cruzado e empatar o jogo faltando 5 minutos para o final do jogo. Um clássico que estava na mão do São Paulo terminar empatado é digno de remédio para dormir, pois no mano a mano a raiva venceria facilmente o sono e não me deixaria pregar o olho. Mas 2 minutos depois do gol de empate, a zaga corintiana faz sanduíche de Souza dentro da área e, que segundo a regra, é pênalti. Amoroso bate e fecha a conta marcando o 3º gol do São Paulo.

Este jogo foi anulado uns meses depois, por estar na lista da máfia do Apito, que embaralhou todas as cartas e, de repente, o Corinthians apareceu na liderança do campeonato e permanecendo assim até a última rodada, ficando com o título. Exatamente no ano de 2005, em que Boris Berezovski e Kia Joorabchian desembarcaram no Parque São Jorge com suas maletas de 007 entupidas de dinheiro, enquanto que os containeres que traziam o restante que estava na Rússia vinha de navio.

Além dessa história, contarei um breve diálogo que tive esses dias na faculdade. Um colega meu, vestido com a camisa marca-texto do Palmeiras, passou por mim e falei “Olhe, ganhe do Corinthians, porque não quero ver o Corinthians na final” e ele respondeu “Eu vou ganhar!”. Na quinta-feira, enquanto que uma tempestade caía em Salvador, vi os confrontos da Copa do Brasil, São Paulo x Avaí, Flamengo x Ceará, Palmeiras x Coritiba, Atlético-PR x Vasco. O São Paulo não perde pra ninguém em elenco. Se uma partida de futebol fosse decidida no papel, comparando jogador por jogador na teoria, já poderia entregar a taça no Morumbi, mas como futebol é bola rolando dentro das quatro linhas durante 90 minutos, tudo pode acontecer. Inclusive uma eliminação paulista em Santa Catarina.

Agora cheguei onde queria. O São Paulo vai mostrar se tem um time de verdade dentro de campo e não só no papel, se ganhar o título paulista em cima do único clube que tem um bom time sem disputar a Libertadores, o Corinthians. Ah, mas o São Paulo ganhou na primeira fase do Paulista, jogo inclusive que Rogério Ceni marcou o seu centésimo. Ok, ganhou. Mas quero ver o São Paulo ganhando numa decisão de título, aí terei a segurança de apostar no título da Copa do Brasil.

Quero outro jogo impróprio para cardíacos!

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