Um jogo de futebol não é só definido nos pés do craque. Para a bola chegar certinha no pé do craque que está de frente pro gol ou o goleiro evitar um gol a queima roupa ou o zagueiro tirar a bola em cima da linha aos 49 do segundo tempo, tudo isso não se resume a competência dos jogadores. Aquele cueca velha que um torcedor sempre bota, a fezinha de outro é que definem esses lances e o resultado final da partida.
Na Bahia a fé é maior ainda. A fé dos baianos nos santos é tão grande que os outros estados adoram fazer a velha piadinha de que se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminaria empatado. Quando o juiz apita e a bola rola, os baianos estão sempre atentos aos mistérios da sorte. E como todo bom devoto, evitam fazer as mínimas coisas diferente do que vem dando sorte.
As vésperas do jogo de sábado entre Bahia x Avaí, encontrei um vizinho torcedor do tricolor baiano no elevador. Após os educados “bom dia” e “tudo bem?”, perguntei se ele veria o jogo no estádio. Ele disse que ainda não tinha decidido e tal, lembrou que a torcida não vem lotando o estádio, que por causa disso os ingressos não estão esgotando, então ele iria decidir isso em cima da hora. E finalizou com um não sei, porque também estou dando umas sortes assistindo na televisão mesmo.
Agora a noite, depois que o Bahia ganhou suado do Avaí, numa partida louca, em que o dono da casa abriu o placar, depois tomou a virada para revirá-lo, fechando o placar em
Pois é, uns torcedores usam a mesma cueca, outros apelam para os santos, enquanto que uns ajudam o time a revirar um jogo assistindo em casa.

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