quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Minha lembrança de Senna na Williams

A mídia exaltou a assinatura do contrato. A repórter gravou a reportagem da sede da Williams com o carro de nº2, de 94, de fundo. A internet pipocou de comentários nas redes sociais. Todos comemoraram o fato de um Senna voltar a dirigir um carro da Williams.

Sei que além de dar notícias, os jornalistas tem que se preocupar também em vendê-las em forma de matérias. Uma manchete ou um texto que atraia o interesse das pessoas ajudam a vender jornal e conseqüentemente atrair anúncios publicitários que é quem realmente paga o trabalho de uma redação inteira.

Lendo as notícias da contratação de Bruno Senna pela Williams não cai na vala comum de lembrar do acidente fatal em Ímola, num carro da equipe de Frank Williams. Relembrei do que eu vi do nome Senna na Fórmula 1, no carro branco e vermelho da McLaren.

Relembrei na rede social de Senna jogando o carro em cima de Prost no Japão e ficando com o título de 90. Relembrei também do título de 91 no qual, depois de um passeio, Senna cedeu a vitória ao seu companheiro de equipe Berger, no mesmo Japão. Relembrei a inesquecível ultrapassagem em cima da Williams de Damon Hill no GP do Brasil de 93. Da belíssima vitória em Donington Park no mesmo ano, cuja corrida mostrou um jovem garoto Rubens Barrichello andando em segundo lugar pela primeira vez na Fórmula 1.

E ele na Williams, tenho alguma lembrança? Sim, tenho. Não vi, mas li relatos. Nos testes de pré-temporada em Portugal no ano de 1994, o recém contratado Ayrton Senna levanta do carro e diz: “Porra, cagaram no carro bem na minha vez!”. O ‘Porra’ pode ter sido adaptação minha, mas o ‘cagaram’ foi o que eu li. E se você, leitor for bem mais novo do que eu, explico. Nos anos de 92 e 93, a Williams produziu carros imbatíveis, que muitos dizem que eram de outro planeta. Mas em 94 a FIA tirou toda a tecnologia dos carros que faziam a diferença para a Williams.

É essa a lembrança que tenho de Ayrton Senna na Williams.

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