segunda-feira, 23 de maio de 2011

Caroline, maravilha de mulher

“Caroline é uma menina bem difícil de esquecer. Andar bonito e um brilho no olhar. Tem um jeito adolescente que me faz enlouquecer. E um molejo que não vou te enganar. Maravilha feminina, meu docinho de pavê. Inteligente, ela é muito sensual. Te confesso que estou apaixonado por você”. A letra em questão é de Seu Jorge, trata-se da música Carolina. Ao invés de Carolina, minha musa chama-se Caroline. Caroline Wozniacki.

Caroline é a atual número 1 do mundo do ranking da WTA. Tem um jogo consistente, conservador para muitos, eficiente para tantos e... é linda que dói, pra mim. Carrega nos ombros o peso da desconfiança e do nariz torcido de muitos, inclusive por mim, por ainda não ter conquistado um Grand Slam, mesmo estando por um bom tempo no topo do ranking. Carol deita e rola nos principais torneios do circuito do Tênis como Austrália Open, US Open, Wimbledom e Roland Garros, que teve início ontem, atropelando as adversárias nos primeiros jogos, mas na hora da decisão, da briga de cachorro grande, algo tira sua concentração e tranqüilidade jogando por água abaixo toda a sua habilidade e consistência.

Tenho dado atenção especial à minha musa da vez em todos os torneios de Grand Slam que começam. Em outros verões já liguei a televisão para ver Martina Hinggis desfilar sua beleza exótica e o seu belo tênis. Não sou desses que escolhe de acordo com o gosto da maioria. Martina não tinha vez no quesito beleza para Anna Kournikova, nos tempos de atividade das duas, mas dentro das quadras batia a russa com uma mão só e ainda bocejando. Carol poderia ser uma unanimidade, mas não brilha muito entre as “top models” por estar mais preocupada em bater certo na bolinha do que duelar com as Marias Sharavpovas, as Anas Ivanovics em editoriais de moda, comerciais, colunas de fofoca ou eventos do clube dos famosos.

Caroline é uma das favoritas ao título de Roland Garros, assim como outras como Kim Clijsters, Vera Zvonareva, Victoria Azarenka, Francesca Schiavone, que ocupam, nessa ordem, da 2ª colocação a 5ª do ranking. Porém, não existe uma favoritíssima, nenhuma delas está jogando um tênis monstruoso, imbatível. Estão todas meio que no mesmo nível. Além disso, as lesões também estão atrapalhando um pouco, por exemplo, Clijsters, que faturou o caneco do Austrália Open no início desse ano, vem de uma lesão no tornozelo, ao cair na pista de dança do casamento de uma prima. A própria Wozniacki entrou em quadra hoje com uma proteção na coxa esquerda. Sem contar dos casos das irmãs Williams, que estão fora do circuito por lesões.

A desconfiança por ainda não ter conquistado um Grand Slam existe, mas o fato da organização não dar importância ao fato de Caroline ser a atual nº 1 e marcar os jogos dela para arenas menores e não na principal, pode ser um atenuante dessa pressão por um título expressivo. Carol tem que manter a tranqüilidade, ganhou fácil na sua estréia hoje contra a japonesa Kimiko Date-Krumm vencendo por 2 a 0 e com direito a pneu, 6-0, no primeiro set. Sem muito esforço e concentrada, Carol começa Roland Garros como sempre começa os grand slams, sem tomar conhecimento das adversárias. O problema dela está sendo manter essa tranqüilidade, confiança e concentração nos jogos decisivos. Estou torcendo para que esse Grand Slam seja diferente dos outros e ela desentorte todos os narizes da sua frente.

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