domingo, 11 de setembro de 2011

Já tá ficando feio...

Vou contar duas estorinhas de gozação com torcedores rivais. Um torcedor do Bahia chorando, dizendo que sua filha de 8 anos nunca viu o Tricolor de Aço ser campeão, aí um outro se aproxima e diz fica assim não, pior é Dona Cano (mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia) que tem 102 e nunca viu o Vitória ganhar nada. A outra é a seguinte. Sabe o que um torcedor do Corinthians faz quando o time dele é campeão da Libertadores? Grita de alegria, chora de emoção, salva no memory card e desliga o Playstation. É, já pode trocar Vitória e Corinthians e colocar Caroline Wozniacki.

Mais um Grand Slam e a número 1 do mundo não consegue levantar o caneco. Na noite de ontem, a dinamarquesa foi atropelada pela americana Serena Williams, 28ª do ranking, por 2 a 0, parciais de 6-2 e 6-4. Apesar de Carol ter ganho 4 games no segundo set, Serena não deu chances pra loirinha. Em momento algum a americana teve sua vitória e classificação para a final ameaçada.

Como disse no post anterior, Wozniacki só tem uma única tática de jogo e que se a adversária não cair na rede dela, dificilmente a dinamarquesa sairá com o triunfo. O 4º game perdido, por exemplo, foi fruto de uma quebra de serviço, resultado de erros seguidos da americana que relaxou na hora de fechar o jogo em 6-3. Porém no game seguinte, a americana fechou o jogo quebrando o serviço da número 1 do mundo. Como Serena costuma dizer, e com toda razão, que o ranking pode dizer o que quiser, mas a melhor tenista do mundo é ela.




Serena Williams poderá salvar a honra dos norte-americanos, já que disputará a final do US Open na histórica data de 11/09, logo mais contra a australiana Samantha Stosur, que bateu a zebra desse ano, a alemã Angelique Kerber por 2 a 1, parciais de 6-3, 2-6 e 6-2. Já Carol, mais uma voltará pra casa pra pensar na vida e treinar duro pra evoluir o seu tênis, pra não sentir o gostinho de ganhar de um Grand Slam apenas no vídeo-game.

Final masculina

A final masculina do US Open, que acontecerá amanhã, será disputada entre o sérvio, número 1 do ranking, Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal, segundo no ranking.

Djokovic venceu mais uma batalha contra Roger Federer, que durou quase 4horas, por 3 a 2 nos sets, parciais de 6-7(7-9 no tie-break), 4-6, 6-3, 6-2 e 7-5. Já Nadal venceu o britânico Andy Murray, quarto melhor do mundo, por 3 a 1 e parciais de 6-4, 6-2, 3-6 e 6-2, num jogo de quase 3horas e meia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Messi calado é um poeta

Lembro que em 2005, Pelé, o maior jogador da história do futebol, disse que Romário deveria encerrar a carreira. O baixinho respondeu que Pelé calado é um poeta, que tinha que colocar um sapato na boca, pois já era sabido que o rei só falava m*, mas e ressaltou que ele é rei, é Deus.

O melhor jogador da atualidade, eleito duas vezes melhor do mundo e atual detentor desse título, Lionel Messi também andou merecendo colocar um sapato na boca. Em entrevista à Revista ESPN de setembro, o craque argentino respondeu que Maradona foi melhor que Pelé, já que ele não tinha visto o craque brasileiro. No entanto, a polêmica surgiu ao dizer que não ter visto o rei, não lhe fazia falta.

Messi é um cracaço desses que surgem de tempos em tempos e que são candidatos a melhores da história. Claro que ele tem liberdade para falar o que quiser e ter a opinião que for, mas para essa discussão boba, que já colocou até a FIFA numa tremenda saia justa, Messi perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Antes de abrir a boca pra falar isso, Messi deveria colocar uma bola nos pés e sair em direção ao gol, driblando todos os jornalistas que lhe fizessem essa pergunta, quem é melhor, Pelé ou Maradona? Afinal de contas, pra que entrar nessa discussão se nem argentino ele é?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A memória veio a tona

O avião de passageiros Yakovlev 42 (Yak-42) caiu pouco depois de decolar do aeroporto de Yaroslavl na Rússia. Segundo informações da polícia local, estavam 45 pessoas abordo, 37 passageiros e 8 tripulantes. Apenas uma pessoa sobreviveu. Entre os 44 mortos estavam a equipe de hóquei do Locomotiv Yaroslavl. O time do Locomotiv foi terceira colocada no campeonato russo de hóquei desse ano.

Quando soube dessa notícia, no “jornal” Twitter, lembrei logo do acidente que matou um grupo do time de futebol do Manchester United em 1958. No dia 6 de fevereiro daquele ano, o avião que trazia parte da delegação do time falhou na terceira tentativa de decolagem em meio a uma nevasca em Munique. O avião não teve força suficiente para passar do perímetro do aeroporto e bateu a asa esquerda e a cauda numa casa abandonada. Sete jogadores – Roger Byrne, Geoff Bent, Eddie Colman, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor e Billy Whelan. Outro jogador, o jovem promissor Duncan Edwards, de 21 anos, morreu 15 dias depois em decorrência de ferimentos. Além desses jogadores, dois membros da comissão técnica e um dirigente também perderam a vida nesse acidente. O técnico do time, Matt Busby, sobreviveu ao acidente.

O time do Manchester United vinha de Belgrado onde conseguiu a classificação para as semifinais da Copa dos Campeões (que hoje é chamada de Liga dos Campeões) ao empatar por 3 a 3 com o Estrela Vermelha. O avião fez escala em Munique para reabastecer, quando aconteceu o acidente.

O jovem time do Manchester United tinha média de 24 anos e era bastante promissor. O time era bicampeão inglês (55/56 e 56/57) e atual campeão da Copa dos Campeões. E vinha fazendo frente a supremacia do poderoso Real Madrid de Di Stéfano e Puskas. O Manchester contava com o talentoso Duncan Edwards, que estreou no time profissional aos 16 anos e com 18 anos já era figurinha carimbada na seleção inglesa. Além de Edawrds, o Manchester contava também com Bobby Charlton outro jovem talento, mas que assim como o técnico do time, sobreviveu ao acidente.

Alguns tiveram sorte como Jimmy Murphy e Johnny Berry que não puderam fazer parte do vôo. Murphy, braço direito de Busby, não embarcou com a delegação, porque tinha que treinar a seleção galesa contra Israel pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1958. Já Berry ficou na alfândega por não encontrar seu passaporte. Inclusive, o vôo atrasou justamente porque os funcionários da alfândega tiveram que retirar a bagagem de Berry do avião para procurar o documento. Por outro lado, o jogador Geoff Bent não teve a mesma sorte. Bent foi relacionado de última hora para fazer parte da delegação por precaução, devido aos problemas físicos do capitão do time Roger Byrne.

Com o apoio da torcida, o Manchester United fez algumas contratações que compuseram o time formado por reservas e juniores para dar seqüência à temporada. Que essa história do Manchester United inspire o Locomotiv Yaroslavl superar esta tragédia.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A ficha ainda não caiu

O Bahia foi até o Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo no último domingo e venceu o rubro-negro carioca por 3 a 1, dentro do Engenhão. O zagueiro Titi, o lateral-esquerdo Dodô e o atacante Souza foram os autores dos gols do Tricolor de Aço que tirou o pescoço da degola, ocupando a 15ª colocação, a 3 pontos da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro desse ano.

O mais divertido é a torcida do Bahia que mistura felicidade e surpresa com o resultado do jogo de domingo. Já ouvi histórias de torcedores que não puderam ver o jogo e custavam a acreditar que o time fechou o primeiro tempo já com o placar construído. Muitos ficaram com o pé atrás, preferindo manter o comedimento até o apito final do árbitro, já que o time cansou de ceder empates e derrotas nos minutos finais. Ontem a noite, ouvi um torcedor dizer, que apesar de ter assistido o jogo, até agora não acreditava nos 3 a 1 pro Bahia.

Foi um resultado que nem o mais otimista dos torcedores do Bahia teria. O novo técnico, que acaba de ser apresentado, Joel Santana receberá um time num momento de tranqüilidade para arrumar a casa e manter o Tricolor de Aço na divisão de elite do futebol brasileiro.

Nada que impressione

Se eu não já tivesse acostumado com Caroline Woznacki diria que a vitória de ontem, de virada, por 2 a 1 (6-7, 7-5 e 6-1) diante da russa Svetlana Kuznetsova, diria que agora vai para a dinamarquesa número 1 do mundo conquistar seu primeiro Grand Slam. Mas como já a conheço de outros principais torneios do circuito não escreverei isso.

O primeiro set foi equilibrado, recheado de quebras de serviço, até que a bela Caroline fez cara de bravinha e começou a jogar a raquete no chão. Kuznetsova, mais consistente e tomando as rédeas do jogo fechou o primeiro set 7-6, com 8-6 no tie-break.

No segundo set, Carol conseguiu a reação depois de estar perdendo por 3 a 0. Kuznetsva se acomodou demais no jogo e passou a errar, o que é mortal diante da número 1, já que seu jogo é baseado em cima do erro da adversária.

Entre o término do segundo set e o terceiro, Kuznetsova inventou de ir no vestiário trocar de raquete e por lá ficou um bom tempo fazendo todo mundo esperar, inclusive Roger Federer que entraria em quadra logo em seguida para enfrentar o argentino Juan Monaco. Mas como aqui se faz e aqui se paga, a ida ao vestiário tirou a concentração da russa que quando voltou, tomou um 6-1 de Carolzinha, encerrando sua participação no US Open.

Caroline Wozniacki se defende como ninguém. Sua defesa sólida permite jogar no erro das adversárias, nos contra-ataques. O problema de Carolzinha é que se a adversária estiver num bom dia, sem erros e atacando forte, já era. Se não conseguir impor o seu jogo, um abraço e até a próxima. Ela não tem variação de jogo. E é isso que falta para a atual número 1 do mundo perder a virgindade no Grand Slam. Ela é uma ótima tenista, ninguém chega ao topo a toa, por pura sorte. No entanto pra entrar no rol das grandes tenistas, Carol precisa de um título desse porte, senão vai ter que se limitar a contar histórias de torneios de Master pros netinhos.

O jogo seguinte

Na transmissão da Espn, o narrador e comentarista disseram que Roger Federer estava bufando para entrar logo em quadra e alertaram que quando o suíço está assim o esperado é que aconteçam atuações memoráveis. Não agüentei ficar até o jogo do número 3 do mundo, já que passava da meia-noite quando terminou o jogo da bela Carolzinha.

Hoje de manhã, vi o resultado do jogo e não deu outra. Federer atropelou o argentino Juan Monaco por 3 a 0, com parciais de 6-1, 6-2 e 6-0.