quinta-feira, 26 de abril de 2012

Na Libertadores é guerra

A Copa Libertadores da América e a Liga dos Campeões da Europa tem uma coisa em comum. São os torneios mais importantes dos seus continentes. Mas as semelhanças param por aí. Enquanto que um é cercado por glamour, no caso do europeu, o outro é disputado numa verdadeira guerra pelos sul-americanos.
Nesta quarta-feira, 25, a Liga dos Campeões conheceu o seu segundo finalista do torneio. Num jogo eletrizante, o Bayern de Munique eliminou o Real Madrid. O jogo foi cheio de pompas como se é de costume, como por exemplo, o hino próprio do torneio é tocado sempre antes do início das partidas, com os dois times e o trio de arbitragem perfilados, faltando apenas a mão no peito esquerdo. O gramado é um tapete, o estádio muitíssimo bem iluminado, e um esquema de segurança no estádio comparado a aparições públicas do Papa ou dos presidentes de importantes nações.
Os jogos da Libertadores, tem apenas os hinos dos países dos dois times, mas isso é o de menos. Já a iluminação e o gramado da maioria dos estádios que recebem os jogos não estão a altura dos jogos do maior torneio do continente. Além disso, os jogadores dos times visitantes são tratados a pedradas e objetos jogados pela torcida local.
No jogo entre Bolívar e Santos, disputado na noite de ontem, os jogadores e a comissão técnica do Santos, ao voltar para o gramado após o intervalo, tiveram que correr para o campo e para o banco de reservas, pois a torcida estava atirando pedras na saída do vestiário. E para completar, a polícia, que fazia a segurança no estádio, teve que proteger os jogadores brasileiros, com escudos, nas cobranças de escanteio. Numa dessas cobranças, o atacante Neymar, do Santos, foi atingindo no rosto por um objeto jogado pela torcida.


A atitude da torcida boliviana irritou Neymar, que na saída do campo declarou: “Vai ter a partida de volta na Vila também. Lá em Santos eles vão ver”. Durante essa entrevista, o repórter da Globo, Abel Neto, relatou que foi atingido por uma garrafa: “Estava entrevistando o Neymar, que havia acabado de dar a primeira resposta. Quando fiz a segunda pergunta, ele continuou andando e fui atrás dele. Perto da descida da escada para o vestiário, fui atingido pela garrafa, mas com certeza era para acertar o Neymar.”
Este episódio ocorrido na Bolívia, passará impune, pois a Conenbol, organizadora do torneio, fecha os olhos para este tipo de coisa. E isso não é exclusividade dos bolivianos. Nos outros países da América do Sul e até no México (país convidado para participar do torneio, mas sem o direito de classificação para o Mundial de Clubes em caso de conquista) essa cena é comum.
Já na Liga dos Campeões, isso não ocorre e caso ocorra, a UEFA sempre toma as providências necessário para que não volte a ocorrer.

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